quarta-feira, 12 de agosto de 2009

O ADVOGADO QUE ERA O DIABO

O ADVOGADO QUE ERA O DIABO.
Afonso de Sousa Cavalcanti (Jandaia)
Paramos nosso carro no km 340 da Rodovia 376. O sol de janeiro, do ano de 1980, era muito quente, de tal forma a nos convidar para tomar água ou algo refrescante. O lugar onde paramos havia uma bica d’água e diversos carros estacionados. Logo em seguida aparecia a bela fachada de um restaurante que indicava conforto e formidável serventia de refeições. A hora era propícia e já fazia fila de clientes para o espeto corrido.
Sentamos bem de frente da janela que dava à vista para a bica d’água que vinha da serra. Coincidência ou não, encontramos o Dr. Nando e sua família que vinham em sentido contrário ao nosso. Rapidamente, o Dr Nando narrou:
- Nosso passeio durou poucos dias, pois tínhamos pressa em preparar uns processos advocatícios, inclusive dentre estes processos estava o caso de um conhecido nosso, João Maria, que fora injustiçado no Mato Grosso, exatamente por causa de atividades na avicultura.
Nossa conversa foi longe e ali ficamos por mais de duas horas saboreando guloseimas e tomando umas e outras. Conversa vai e conversa vem, quando de repente aproximou-se de nossa mesa uma senhora octogenária. Novamente o Nando nos fala dela:
– Dona Guilhermina, embora dispense apresentação por seu modo prazeroso de conviver, mas vou falar um pouco dela. É mineira de Varginha, MG. É minha conterrânea e madrinha de batismo. Tenho por ela profunda admiração.
A simpática senhora começou de causos e mais causos, mas houve um que chamou muito nossa atenção. A mineira sabia contar estórias, apesar de ter dificuldades em pronunciar bem as palavras, devido problemas na dentição. Pelo que me recordo bem, Aquela senhora marcou-me muito com este conto.
Dona Guilhermina falava fácil e foi logo narrando. Primeiramente ela nos perguntou:
- Os senhores já ouviram dizer algo sobre o advogado do Diabo?
Nós que estávamos à mesa fomos unânimes em responder-lhe:
- Por favor, conte-nos o acontecido.
Guilhermina tirou os óculos e os colocou sobre a mesa. Parece que ela teve necessidade em não mais ver o acontecido fora – no mundo. A ausência dos óculos obrigou-a a entrar dentro de sua memória e dali arrancaria todas as idéias necessárias para abrilhantar ainda mais aquele enredo moral. Depois disso, Guilhermina juntou as duas mãos e entrelaçou os dedos. Sentou-se firmemente em sua cadeira e apoiou bem seu corpo e seus pés. Agora ela começaria a contar. Sua voz saiu muito firme, tão forte que atraiu a atenção de vários participantes das mesas que estavam mais próximas de nós naquele restaurante. Contou a octogenária:
- um pai de família saiu bem cedo de casa. O destino dele era buscar um serviço, um local de trabalho que trouxesse meios para ajudar na sobrevivência de seus familiares. Precisava angariar algum recurso para sustentar sua família. O lugar onde morava ficava no semi-árido de Minas Gerais. Nas estações mais secas as famílias mais pobres passavam fome e eu soube muitas vezes que por ali a seca matava as criações, as vegetações e mesmo dezenas de pessoas. Os sobreviventes da seca ficavam magros, desnutridos – digamos que com seqüelas físicas e mentais. Aquele pai e seu filho ainda eram pessoas fortes e saudáveis.
- Chega de descrição, disse Guilhermina. Vou contar-lhes logo a estória, não gosto de ficar fazendo voltas.
A narradora de história utilizava muito de gestos, de forma a se levantar da cadeira diversas vezes. Dona Guilhermina prosseguiu:
- A história mineira que narrarei hoje para os senhores, chocou o Arraial do Bom Jesus de Pedregulhos. Foi ali que a coisa aconteceu. Aquele trabalhador percorria estrada afora, até que avistou ao longe e à beira da estrada uma moradia que tinha a seu lado uma venda, onde os transeuntes podiam comprar alimentos. Ainda era bem cedo e o sol brilhava forte, em torno de oito horas da manhã. O viajante se aproximou da casa e ao adentrar à venda foi atendido pela vendedora, que o recebeu calorosamente com um bom dia. A fome já ruía seu estômago e a distância a ser percorrida por ele era grande – o lugar para onde pretendia ir, distava mais de 30 quilômetros. O homem foi logo dizendo:
- quero comer alguma coisa forte que possa forrar bem meu estômago. O que a senhora tem para me servir? A balconista respondeu:
- tenho café com leite e pão e para reforçar posso cozinhar-lhe ovos de galinha caipira.
Prosseguiu Guilhermina:
- Satisfeito com tal indicação, Aparecido pediu:
- Por favor, cozinha para mim meia dúzia de ovos, assim posso alimentar-me agora e ainda sobra um pouco para a viagem.
- Mais do que depressa os ovos foram postos para cozinhar. O café já estava coado e o viajante foi servido a contento. Saboreou lentamente o leite com café que lhe fora servido em um caneco de alumínio. Descascou apenas três ovos, temperou-os com sal e pimenta e os comeu com as rodelas de pão caseiro que Teresa lhe servira. Satisfeito com o serviço prestado, pediu ainda que fossem embrulhados os três ovos restantes, juntamente com mais duas rodelas de pão que sobrava no pequeno cesto. Gentilmente a servente da venda o atendeu.
- Cumprindo o que determina a um homem bem intencionado, Aparecido solicitou a conta a pagar. Em um papel branco foi escrito:
- Meia dúzia de ovos cozidos. Valor a pagar: $1,50 (hum cruzeiro e cinquenta centavos); uma caneca de café com leite e seis rodelas de pão caseiro. Valor a pagar: serventia da casa, sem custos a pagar.
Dona Guilhermina fez questão de esclarecer detalhadamente:
- Aparecido não tinha no bolso um centavo sequer, mas se comprometeu com a proprietária que dentro em breve voltaria e saldaria a dívida. Apôs naquela anotação sua assinatura. Como bom mineiro que honra Minas Gerais não descansaria em paz enquanto não retornasse e efetuasse sua dívida. Aquele homem, mais uma vez pediu desculpas à vendedora:
- Tenha paciência comigo! Vou indo a trabalho. Assim que eu ganhar alguma coisa, estarei de volta para pagá-la.
- Quando a tarde chegou, o viajante novamente teve fome e parando sob a sombra de um velho arvoredo, bem próximo de um riacho – agonizante pela forte seca – descascou os outros três ovos e os comeu com o restante do pão que levava. Tomou água do riacho e pensou:
- Meu Deus! Sou pobre, mas uma hora ou outra vou voltar e saldar esta dívida. Ela ficou registrada em sua memória. Referindo-se a este registro na memória das pessoas, Dona Guilhermina nos chamou atenção:
- A dívida a ser paga por muita gente pobre é a mesma coisa que o pecado – dito pela religião cristã. A dívida a gente paga com dinheiro, trabalho e troca de favores. O pecado só se apaga no momento do perdão e do arrependimento do pecador. Aparecido não mais caminharia leve como vinha de manhã bem cedo, pois era agora um devedor. O pior de tudo, ele não sabia se ganharia para pagar a conta. Se viesse a ganhar alguma coisa, antes mesmo de pagar a dívida contraída na venda, haveria de suprir necessidades anteriores – sua família ficara em casa e passava necessidades várias.
Prossegue Guilhermina a nos prender em seu raciocínio. Diriam os filósofos gregos que ela se amarrava por demais na ironia e na maiêutica socrática. Ironia porque naquele momento ela queria nos questionar sobre possíveis dívidas que nós viajantes – embora de férias e merecedores de um bom descanso – deixamos para os que conosco convivem e que nos servem em serviços mais simples e por isso recebem menos e não podem passear – ter o lazer merecedor. Ela foi narrando como se estivesse defendendo o Aparecido e tirando dele a culpa, o medo de não poder voltar e pagar a dívida. Continuou a boa mineira:
- O sol ainda era muito abrasador e Aparecido avista a fazenda onde buscaria seu serviço e ali passaria um tempo sozinho para depois trazer para junto dele sua família. Em dada fazenda mineira, o serviço é rústico, as tarefas cotidianas são pesadas – de montar a cavalo, levar e buscar o rebanho que faz sua trajetória diária pela caatinga. O pagamento pela peonagem é um quase nada: um pedaço de terra para plantar produtos de subsistência – que vão do feijão, do milho, da mandioca, da abóbora e de outros. Além disso, o peão tem o direito de moradia em um casebre muito simples. Quando o patrão é mais humano, ainda lhe é facultado o direito de ter o leite para os filhos pequenos. O trabalho é de sol a sol e praticamente não poupa domingos e feriados. Quem dita o trabalho é o administrador da fazenda que se obriga a produzir, segundo o pedido do fazendeiro.
Guilhermina parecia cansada. Mesmo assim fazia questão de prosseguir com a narração:
- Com Aparecido a situação não foi diferente. A virtude sempre o acompanhou e por diversas vezes chegou a pensar em voltar atrás, custasse o que custasse, ele voltaria para liquidar aquela pequena dívida. Infelizmente os anos se passaram e ele não o fez. Os filhos vieram, a doença baqueava um e outro membro da família e nada sobrava. A miséria era grande, de tal forma que até mesmo a fé em Deus andava diminuída em seu coração.
Guilhermina nos pediu licença e se dirigiu ao toalete do restaurante. Sua filha a acompanhou, embora a senhora parecesse muito conservada e elegante. Não demorou a voltar. Assim que regressou, assentou-se confortavelmente e disse que gostaria de fazer o desfecho da estória. Os presentes à mesa foram unânimes em ouvir aquele ensinamento. Então Guilhermina nos colocou na segunda parte do método socrático – a maiêutica:
- Lá na venda da estrada, o papel de anotação continuava guardado. 15 anos haviam sido decorridos. Cleonice chama a servente Teresa e lhe diz:
- Muitas contas estão assinadas nestes papéis. Podemos receber. Tive pensando que devemos ingressar na justiça contra nossos devedores.
Prossegue Guilhermina:
- A dívida de Aparecido foi levantada e parecia para Cleonice algo muito fácil de se cobrar. De forma simplória e em raciocínio lento foi falando com Teresa:
- Você serviu meia dúzia de ovos que o Aparecido mandou cozinhar. O tempo decorrido é de quinze anos. É muito fácil fazer a conta e ajuizar um processo judiciário. Vamos começar a calcular: Seis ovos, uma vez chocados têm a chance de tirar seis pintainhos. Estes no período de seis meses serão transformados em seis aves adultas. Na hipótese de haver nascido três machos e três fêmeas, eu venderia dois machos e deixaria para criar um macho e três fêmeas. Três galinhas poedeiras, no prazo de seis meses já terão reproduzido mais de 36 cabeças para encher o terreiro de nosso sítio. As aves continuarão a se multiplicar. Os valores financeiros obtidos através delas somarão fortunas – digamos que milhares de aves adultas que o contador de nosso advogado irá fazer registrar no processo contra Aparecido. As duas mulheres estavam de bem consigo mesmas, mas muito iradas. Procuraram um escritório de advocacia e contrataram o serviço. A dívida a ser paga era uma exorbitância – superior a 3.000.000 de galináceos adultos.
Guilhermina colocou seus óculos e fitou para cada um dos olhares dos que ouviam sua estória. Parece que ela procurava ver na visão de cada um a imagem da culpa que cada ouvinte punha naquele momento de sua narrativa. Ela, em seu interior de psicóloga, creio eu, pensava que todos nós tínhamos alguma culpa e ali alimentamos possibilidades de nos desfazermos dela. Em seguida tirou novamente os óculos e prosseguiu, como se tivesse dado seu recado. Falou-nos:
- Bem, queridos! O oficial de justiça não tardou a procurar Aparecido e lhe entregou a intimação que havia no fórum de Governador Valadares, era um processo contra ele. Seria sua obrigação buscar defesa.
Novamente a narradora parece ter dó de Aparecido e muda o tom de sua voz:
- Coitado do Aparecido! Não tinha onde cair morto. Sua fé que já era frágil, agora tendia a agonizar. À noite teve um sonho: um anjo vestido de negro apareceu-lhe e apresentou-lhe um grande cartaz luminoso. O cartaz estava escrito com letras góticas: “Não se perturbe! Seu advogado será indicado pelo Ministério Público. Apenas compareça ao Fórum de sua Comarca, na manhã de hoje e se certifique do ocorrido”. Assustado ele acordou e percebeu que não era de fato um sonho, mas sim uma visão do além. Na manhã seguinte avisou seu chefe de serviço e foi ter com o pessoal do Fórum. De fato seu defensor estava inscrito, embora ele não conhecesse ninguém. Ali mesmo recebeu a informação que a audiência estava marcada para as onze horas e cinqüenta minutos do dia 19 de março do corrente ano. Mais dificuldades teria Aparecido. A maior delas seria saber o quanto devia e como poderia saldar tal dívida.
- A data chegou. A credora estava acompanhada de seu advogado. O devedor, vestido em vestimentas surradas – envelhecido pelo trabalho e sofrimentos da vida – aguardava, com muito aborrecimento a hora da audiência. Jamais ele havia pensado no vexame que estava submetido, simplesmente porque havia contraído uma dívida de $1,50 (um cruzeiro e cinquenta centavos) para se alimentar. Não conhecia a contabilidade e nem sequer poderia imaginar o quanto seria penoso ter que pagar o valor de 3.000.000 de aves adultas. Ainda bem que ele não sabia raciocinar. Deus reservou a ele, pensamentos simples e humildes.
Guilhermina pôs-se de pé para dar ênfase a seu conto:
- A hora chegou. 1:50 horas indicavam os ponteiros do relógio. O advogado do réu não se fazia presente no recinto. O representante do juiz apareceu e falou com a platéia. Os presentes quiseram tumultuar o ambiente, mas o representante da justiça os conteve. Sem mais e sem menos: 11:58 horas, adentrou o recinto um jovem bem trajado, terno fino, camisa e gravata à altura, rosto barbeado, cabelos bem aparados e penteados, sapatos brilhantes e porte elegante no andar. Caminhou portando uma pasta de couro, tipo executivo, dirigindo-se ao representante da justiça. Os presentes já irritados, ouviram de um deles que falou malvadamente:
- “Advogado sem pressa, atrasado e sem compromisso! Não sabias que teu cliente é devedor. Por pouco punhas tudo a perder!”
Afirmou Guilhermina:
- No meio da irritação de todos, o jovem advogado fitou a todos nos olhos e foi suavemente dizendo:
- Peço-lhes mil desculpas pelo atraso. Meu compromisso com uma cliente tomou-me um pouco mais de tempo. Esta senhora é muito exigente e fui fazer-lhe uma defesa sobre a necessidade de se cozinhar um pouco de feijão para plantar.
A irritação tomou mais pessoas pela ira. Uma senhora que estava à frente e que era parenta da interessada em receber a dívida respondeu ironicamente:
- Advogado imbecil, onde já se viu cozinhar feijões para se plantar?
Cheio de si e iluminado pela dialética negativa daquela participante, o moço da lei falou:
- Muito obrigado, minha distinta platéia! O raciocínio de nossa ouvinte é verdadeiro e brilhante e eu fico comovido. Minha comoção é grandiosa de tal forma que posso concluir rapidamente esta audiência. Frente ao ensinamento, gostaria de saber se ovos cozidos também tiram pintainhos? Tenho dito!”
Guilhermina saiu do raciocínio do advogado e sentou-se para respirar e concluir. Foi dizendo:
- O juiz observou a questão e ordenou:
- Pague-se com juros e correção monetária meia dúzia de ovos cozidos, oriundos de galinha caipira. Retire-se o processo.
Observação: este conto é especial aos alunos de Direito de todos os tempos. Se por ventura forem notados erros de lógica ou mesmo erros históricos e pedagógicos, que nos perdoem os acadêmicos. O que vale é a boa intenção: o jeito de narrar, de argumentar e principalmente a visão que se pode ter sobre a arrogância e a falta de conhecimento.

sábado, 8 de agosto de 2009

VIRTUDES E VÍCIOS


VIRTUDES E VÍCIOS

Ainda que as boas ações nos acompanhem constantemente, as dificuldades podem nos levar a criar impecílios não condizentes com a realidade.
Ao observarmos a população de uma cidade, percebemos que esta se torna autônoma no momento em que adquire habilidades, ou seja, aprende como fazer. A aplicação do como fazer expressa as atitudes que tanto podem ser positivas, bem como negativas. A qualquer momento e em qualquer lugar, o homem é racional. Para pensar bem neste assunto, a Bíblia ensina que Deus (na figura de Jesus Cristo) quer "que todos os homens sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade" (1 Tim 2, 3-4). Ser salvo quer dizer realizar-se como profissional, ajudar a quem precisa aprender e ir mais além: não permitir que ninguém se disperse sem que todas as coisas possam se consolidar.
Lucas reflete sobre a parábola do administrador não exemplar. Este não acumula bens materiais, mas sim, busca a expectativa de dias melhores. Aquele que for capaz de agir, de mudar de atitudes e criar, aparetemente utiliza um caminho mais seguro, pautado pela racionalidade. Jesus diz que "quem for fiel nas coisas mínimas, é fiel também no muito, e quem é iníquo no mínimo, é iníquo também no muito" (Lc 16m 10). Esta é uma grande virtude. Ao contrário, as atitudes que nascem da desorganização, da falta de princípios, terminam mal.
Para melhorar esta reflexão, apresentamos aos nossos leitores mais um artigo:
AS VIRTUDES COMBATEM OS VÍCIOS E CONSTROEM A SOCIEDADE FELIZ Afonso de Sousa Cavalcanti – afonsoc3@hotmail.com
Comunicação oral
Introdução: Conforme o livre arbítrio, o ser humano consegue controlar seus instintos básicos e se submete aos valores das virtudes ou aniquila seu entendimento e sensibilidade e é dominado pelos pecados capitais. Objetivos: Demonstrar que o processo civilizatório favorece o relacionamento humano e melhora a vivência na pólis. Material e método: Este estudo analisa Wikipédia, enciclopédia livre e verifica PANATI, Charles. Origens Sagradas de Coisas Profundas. Nele o autor aprofunda o conhecimento sobre o texto do teólogo e monge grego, Evágrio do Ponto(345-399), narrando 8 crimes ou 8 paixões que destroem a humanidade. Discussão: Para Evagrius, na medida do pecado, a pessoa se torna mais egocêntrica. O orgulho é a maior fixação do ser humao em relação a si mesmo. No final do século VI, o papa Gregório reduziu a lista a sete itens, juntando "vaidade" ao "orgulho e com isso a Igreja utilizou a classificação desses vícios, nos primeiros anos do catolicismo, querendo educar e proteger seus seguidores, tratava-se do controle dos instintos básicos. Os sete pecados capitais: o orgulho (arrogância), a inveja, a ira, a preguiça, a avareza, a gula e a luxúria estão presentes na história e são responsáveis pelos mais graves conflitos sociais, econômicos, políticos, religiosos e outros. Conclusão: o estudioso das ciências humanas pode percorrer os ensinamentos dos teóricos modernos, como Hobbes, que teorizou ser o homem um indivíduo mau por natureza e que necessita da instituição do Estado para se controlar, ou como Rousseau, que afirmou ter o homem nascido bom e a sociedade o estragou. Os religiosos (como Evágrio, Tomás de Aquino e o Papa Gregório) indicam o remédio para os vícios (pecados) é a prática ascética, ou melhor, o exercício contínuo das virtudes cristãs, como a fé, a esperança e a caridade. Para se obter o conhecimento profundo da história do cristianismo, o pesquisador terá que folhear as páginas da história da humanidade.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA

Louvores a Deus pelo ensinamento: “UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA”

O Retiro Espiritual que foi promovido pela UNESER, entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2009, no Seminário Redentorista da Pedrinha, produziu em mim centenas de imaginações que já se consolidaram como idéias, às quais estou incorporando, conforme medito diariamente. Destacarei neste texto duas imagens muito fortes que transformaram meu ser. A primeira delas foi a celebração da missa do dia 7. Dois padres se aproximaram do altar da capela do seminário: padre Paiva e padre Libardi. Quero destacar com todo respeito e carinho a “imagem feliz” de um padre experiente, simples, humilde, bem humorado e em contato com Deus, sem desmerecer é claro o padre Paiva que teve para nós um valor muito significante. A presença do “Libardi”, que, dirigindo-se ao altar, curva-se, beija-o e ao se afastar, deixa de lado seu calçado (um chinelo). Apresenta-se para Deus e à sua Igreja de pés no chão. Seus pés pisaram o chão do Sagrado. A missa prosseguiu e eu pude perceber que não estávamos em um lugar comum, mas sim em um território sagrado e reservado para os ex-seminaristas redentoristas. O ensinamento “Uma vez redentorista, sempre redentorista” mergulhou em meu ser e fez ressoar em mim o sentido a frase de Santo Afonso (“Consumir os dias em prol dos redimidos”).
Depois da missa, a festa e a outra celebração, algo muito perfeito que participamos na “praça de alimentação” daquele seminário. Para festejar, todos se reuniram, ouviram a bênção do Pe. Libardi e sustentando o copo cheio (refrigerante, cerveja, vinho ou até mesmo a pura essência da cana, a pinga) cantaram em um forte coral: “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. Os braços se movimentam e todos falam em alto e bom som: “Arriba, abaixo, no centro e para dentro”. Goladas e mais goladas testemunharam a alegria de um encontro para matar a saudade (que para mim já durava 35 anos). Quem lê este texto precisa compreender os reais significados. Os braços estendidos dizendo “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. É um gesto de amor, de temor e de reverência a Deus, nosso Pai e Criador. A elevação dos braços no “arriba” ou “acima”, foi feita com grandeza e com os olhares fitos ao céu, procurando encontrar-se com Deus, pois se estamos vivos e saudáveis é porque Ele quer. O “abaixo” significa voltar-se para a terra, a morada dos homens mortais e imperfeitos (o que de fato somos). A caminhada para “o centro” indica que é no interior das assembléias (encontros humanos) que aprendemos a estreitar nossos sentimentos e a compartilhar nossas opiniões. O gesto “para dentro” e acabando em várias goladas indica que aceitamos o que os outros nos oferecem, que somos firmes e humildes em conceber o que a comunidade nos entrega. Não foi só isto, a prosa correu solta e pudemos rememorar, usar a dialética, a ética e a estética, até os confins dos tempos idos da vida de colegial, de filosofia, de noviciado e para alguns até mesmo a teologia. Ali a reminiscência falou alto, de forma que a primeira regra cartesiana do Discurso sobre o Método nos exigiu a meditação: não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos). Senti que ser ex-seminarista redentorista é de fato ser “um filho de Deus” abençoado e novamente convocado para a lida litúrgica na Igreja.
Ninguém tira de mim a idéia que já amadureceu em mim de que o crescimento da UNESER indica o nascimento e crescimento de muitas organizações de outros ex-seminaristas de outras congregações.
Para encerrar, um viva aos dirigentes e orientador da UNESER.

Afonso de Sousa Cavalcanti. Professor de Filosofia e morador em Mandaguari, Paraná.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Dizem por aí que os homens mataram Deus

DIZEM POR AÍ QUE OS HOMENS MATARAM DEUS.

Os trabalhadores empenhados na produção, através do manuseio de ferramentas, não têm tempo e muito menos condições para discutir se houve ou não a morte de Deus. Afirmam os ateus:
- Quase sempre nos encontramos envolvidos com a prática cotidiana, a de pensarmos que a matéria é a causa de tudo, inclusive com o envolvimento material depois da morte física – tempo em que os decompositores da energia cósmica encarregar-se-ão de dar nova forma à matéria vital -, não restando inteligência para mais nenhuma discussão.
Contra os ateus, insurgem os crentes:
- Nós que somos os ditos crentes no Absoluto afirmamos que somente existem racionalidade e sensibilidade na palavra revelada e não sabemos nos ocupar de outra atividade a não ser desenvolver a ascese religiosa. Viver bem para nós é constantemente praticar a mortificação, a penitência e a renúncia de nós mesmos. Estes tipos de ascese são estratégias significativas que envolvem nossas vidas, não nos restando oportunidades contrárias: pensar e dialogar sobre a morte de Deus. Esta questão nos parece impossível, impraticável, incoerente.
Aqueles que difundem sobre a morte de Deus, estes não têm a percepção sobre a existência do divino, melhor dizendo, que Deus está vivo e que é ele que sustenta todas as coisas existentes. Estes acendem lanternas para poder enxergar as coisas mundanas. Infelizmente não podem raciocinar e nem sensibilizar além das aparências materiais que são vistas através da iluminação desta fraca luz.
Outro dia os alunos de uma turma do curso de Administração de empresas foram surpreendidos pelo professor de Filosofia que deu uma aula sobre a religião e a ciência. O professor ensinou a seus alunos:
- A ciência e a religião não podem ser praticadas se estas não se fundamentarem em um método. Diria o Senhor Francis Bacon que as características do método científico são as seguintes: a observação, a sistematização, a formulação de hipóteses, a experimentação e a transformação destas em leis ou teorias. Para exercer o método, quer para a ciência como para a religião, o sujeito precisa querer ter boa vontade. Os líderes, não importam se são positivos ou negativos. Estes serão sempre líderes, se já ponderaram sobre a formulação de hipótese, tendo em sua vida proposto a formulação de hipóteses.
A aula dialogada permitiu que Rebeca perguntasse:
- Digamos que os grandes líderes como Jesus Cristo, Buda, Dalai Lama, Martin Luther King e tantos outros, de que forma estes demonstram suas experiências?
- Boa pergunta, Rebeca! Completa o professor.
- Para completar meu pensamento e responder sua pergunta, falo de Jesus Cristo que deu ênfase ao levantamento de hipótese ou simplesmente a possibilidade de cumprir sua tarefa, exercer com dignidade a missão a que foi submetido. Ele e outros líderes são exemplos vivos, pois suas experiências estão no exercício de suas vidas. Jesus percebeu que era sua hora de fazer o milagre. Nas bodas de Canaã, ele transformou a água em vinho, salvando de fato aquilo que as pessoas não acreditavam.
Não permitindo que a questão fosse repassada como uma aula de catequese, o diálogo prossegue na aula e é Dalmon que intervém:
- Concordo que a Bíblia apresente os milagres de Jesus, pois ela é um livro para os cristãos, mas discordo piamente que a única verdade seja a verdade religiosa.
- Dalmon, o apressamento das idéias nos leva à imperfeição do raciocínio. A lógica nos diz que se faz necessário filosofar bem e para tanto fazemos uso de premissas. Em nossa discussão existem duas premissas verdadeiras: os que defendem que Deus existe e os que discordam de sua existência. A existência de Deus fica mais fácil para nossa percepção, se entendermos bem se Deus é concreto ou abstrato. Afirmou o professor de filosofia.
- Discordo em gênero, número e caso: não podemos falar da morte de Deus. Ele nunca existiu. O professor, no mínimo está querendo enfeitar seu discurso e provar que Deus existe. Emendou Furtado.
- Volto ao argumento: seu professor de português ensinou na semana passada que Deus é concreto. Tudo o que é concreto existe, logo Deus existe. Acredite você ou não, Furtado, que Deus existe. Não é isto que queremos agora. Vou facilitar um pouco mais nosso diálogo. Vamos trocar o termo Deus pelo termo sagrado. Talvez fique mais fácil.
- Fica mais complexo ainda, professor, pois o sagrado é tudo o que encontramos por aí e, que dá bases significativas às seitas e religiões. Discordou Furtado.
- É isto mesmo. Pense você que Deus é o que há de mais sagrado nas seitas e religiões. Se os adeptos das seitas e religiões reverenciam este sagrado, então é sinal que ele existe para eles. Afirmou o professor.
- Mais uma vez o senhor quer nos confundir e nos induz a dizer que se o sagrado é deixado de lado por muita gente, então isto significa a morte de Deus. Completou Furtado.
- Acertou em cheio, Furtado. Não precisamos mais prosseguir em nossa discussão: a morte de Deus corresponde ao abandono dos homens pelo sagrado, pelos valores de ordem religiosa.

domingo, 2 de agosto de 2009

Nossa Senhora Aparecida e as várias Nossas Senhoras

CAPÍTULO IV
NOSSA SENHORA APARECIDA E AS VÁRIAS NOSSAS SENHORAS.
Cada vez que se adentra a igreja matriz Nossa Senhora Aparecida de Mandaguari, observa-se que este monumento porta a História de nosso povo. Ali estão as lembranças e as graças recebidas por todas as missas e liturgias celebradas – registra-se “a primeira missa rezada, em 6 de janeiro de 1939 pelo Pe José Kandziora na capelinha de Lovat” (PROBST, s/d), bem como a última missa ou simplesmente o último momento em que se permanece no interior desta igreja contemplando a Jesus e sua Mãe. Confessa-se que a pessoa piedosa observa atentamente a Nossa Senhora da nave central e pode ver nela uma enorme leveza que expressa a graça, o perdão, a harmonia, a paz, a luz, o entendimento, a sabedoria e tantas maravilhas que transcendem a sua humilde vida terrena – os sacramentos, do Batismo à Unção dos Enfermos, são derramados pelas mãos da Virgem Imaculada da Conceição Aparecida. Pelo Clero que severamente veio dirigindo nossa gente, desde a condição de capela, através do Vigário de Arapongas, Pe. Bernardo Merkel (PROBST, s/d), no período de 1938 a 18 de dezembro de 1943. Nesta data, o povo de Deus de Mandaguari passou da condição de capela para paróquia. Muitos líderes religiosos foram postos aqui pela Congregação dos Padres Palotinos, começando em 17 de março de 1944, com o Padre Antonio Lock e que tem a sagrada continuidade ministerial com o então Padre Francisco Muchiuti – 2006. A Mãe Aparecida é a imagem e semelhança de uma mulher grávida, prestes a dar à luz ao filho Jesus, esta continua a proteger seus filhos e a pisar forte para que o dragão não devore os bons propósitos dos filhos que estão surgindo.
A visão da Mulher e do Dragão que é posta na nave da igreja Nossa Senhora Aparecida é muito forte. A mulher vem de uma outra dimensão e se apresenta como quem vem para delegar ordens e ao mesmo tempo cumprir uma missão. A cada vez que um filho de Deus a observa, procura ver algo a mais, além da aparência da imagem refletida nos pequenos mosaicos. Os que rezam, prostrados piedosamente diante dela, ela reza com eles, ilumina seus pensamentos e os enche de uma coragem que eles não encontram em outro lugar e objeto. Para perceber melhor o quadro posto a nossos olhos, podemos encontrá-lo no livro de Apocalipse. O autor sagrado extraiu de forma profética, real e muito segura para os que têm fé, aquilo que se vê apenas de forma imaginária:
Um sinal grandioso apareceu no céu: uma Mulher vestida com o sol, tendo a lua sob os pés e sobre a cabeça uma coroa de doze estrelas; estava grávida e gritava, entre as dores do parto, atormentada para dar a luz. Apareceu então outro sinal no céu: um grande Dragão, cor de fogo, com sete cabeças e dez chifres e sobre as cabeças sete diademas; sua cauda arrastava um terço das estrelas do céu, lançando-as para a terra. O Dragão colocou-se diante da Mulher que estava para dar a luz, a fim de lhe devorar o filho, tão logo nascesse. Ela deu à luz um filho, um varão, que irá reger todas as nações com um cetro de ferro. Seu filho, porém, foi arrebatado para junto de Deus e de seu trono, e a mulher fugiu para o deserto, onde Deus lhe havia preparado um lugar em que fosse alimentada por 1260 dias (BIBLIA DE JERUSALÉM, Ap 12, 1-6).
O autor de Apocalipse continua a narrar o fato e afirma que Miguel Arcanjo e seus anjos guerrearam contra o Dragão. Apesar da fortaleza do Dragão e da astúcia de seus anjos, eles foram derrotados, de tal forma a serem expulsos do céu. Este dragão é a antiga serpente, o Diabo, Satanás, Demônio ou tentação do povo – foram expulsos e vieram habitar a terra. Depois da expulsão do dragão e de seus anjos, a salvação, a realeza de Deus e a autoridade de Cristo confortam a todos os irmãos. Apesar de a salvação aí estar e de a Mulher – nossa Mãe nos proteger sempre – o Dragão continua então “a guerrear contra o resto de seus descendentes, os que observam os mandamentos de Deus e mantêm o testemunho de Jesus” (BIBLIA DE JERUSALÉM, Ap 12, 1-6). Os que crêem no sangue do Cordeiro e na palavra de seu testemunho, desprezam a própria vida até à morte e vivem em efervescente alegria – como se tudo fosse uma interminável liturgia – sem lugar e ocasião para recriar o ódio e reviver o Dragão e seus anjos.
A Igreja Universal que ora é pensada – figurada na Mulher celestial que os cristãos católicos reverenciam e que está grávida do Filho de Deus é a nossa mãe – nada mais é que a nossa sociedade particularizada na Matriz Nossa Senhora Aparecida de Mandaguari.
A instituição a que se faz referência, não é uma igreja imaginária – por excelência espiritualizada e convertida, transformada em seus modos de se apresentar e de agir – porque seus participantes estão em um mundo material e por sinal constituído por homens e mulheres que alimentam desejos e ainda não aprenderam a crer e a ouvir a voz verdadeira que vem do céu e que proclama: “Agora realizou-se a salvação, o poder e a realeza do nosso Deus, e a autoridade do seu Cristo: porque foi expulso o acusador dos nossos irmãos” (BIBLIA DE JERUSALÉM, Ap 12, 1-6).
Os cristãos que amam Maria começam a compreender que existe uma ligação muito forte da realidade profetizada em o Apocalipse com a sensibilidade cristã dos colonizadores que vararam o sertão paranaense e de Londrina miraram sem vacilo o local que ora é imortalizado para o culto divino da Mãe Aparecida. O espaço desta igreja não é um lugar qualquer – o profano -, mas sim o lugar do sagrado, ora defendido pelos herdeiros da Mandaguari convertida.
Os pesquisadores marianos ensinam que Maria é venerada porque se fez a humilde serva do Senhor e por isso é cultuada no mundo inteiro com os mais diferentes nomes que os seus admiradores lhe conferem. Através de nossassenhoras. Sites.uol.com.br, aprende-se muito e pode-se venerar Maria, através de suas expressões culturais. Maria, segundo a Bíblia, é a mãe de Jesus Cristo. A fonte para o conhecimento da Virgem Maria é o Novo Testamento (Evangelhos, Atos dos Apóstolos e carta aos Gálatas), que traz seu nome na forma grega, Marían, correspondente ao hebraico Miryam, cujo significado é incerto. Encontra-se maior número de informações a seu respeito nos evangelhos de Lucas e Mateus, que dedicaram mais espaço à infância de Jesus. Além dos dados, na verdade escassos, fornecidos pelos Evangelhos, a tradição cristã extraiu outros dos Evangelhos apócrifos, por exemplo, os referentes à infância de Jesus.
O Novo Testamento ensina que Maria era uma mulher humilde do povo hebreu. Era uma pessoa concreta, historicamente verossímil e longe de ser uma invenção fantasiosa. Os dados estritamente biográficos derivados desse texto dizem que era uma jovem de bela estatura. Nasceu provavelmente em Jerusalém, casou-se com José que era pertencente à tribo de Judá e descendente do Rei David, passando a morar em Nazaré, uma aldeia da Galileia, da qual saiu para submeter-se ao recenseamento em Belém, por ser esta, a terra de seu esposo José.
Na época de Herodes, conforme as profecias bíblicas, deu à luz um menino, que foi chamado de Jesus. Devido à tirania do rei Herodes, Deus deu ordem, por intermédio de um anjo, a José, mandando que ele, Maria e o menino fossem primeiro para o Egito e depois procurassem refúgio em Nazaré. De acordo com a tradição, os seus pais foram Joaquim e Ana. O lugar que Maria ocupa na Bíblia é discreto: ela está totalmente em função de Cristo e não por si mesma. Contudo, os dados que as Sagradas Escrituras nos fornecem garantem que Maria era a virgem que gerou o Salvador Jesus Cristo.
Nossa Senhora é um Título dado pela Igreja Católica a Maria, mãe de Jesus Cristo. De acordo com a tradição católica, a Senhora concebeu sem pecado, tendo permanecido sempre virgem.
Em todos os países católicos registra-se grande devoção pela mãe de Jesus. No Brasil,, essa devoção, é expressa em grandes tradições como a de Nossa Senhora de Nazaré na região Norte, e a de Nossa Senhora de Aparecida, no Sudeste. Nossa Senhora Aparecida, quando da Revolução de 1930, foi proclamada nesse mesmo ano como Rainha e Padroeira do Brasil, na presença de autoridades eclesiásticas e do então presidente Getúlio Vargas. Para incentivar a sua devoção, na década de 1950 foi inaugurada a Rádio Aparecida, em 1999 foi instituída a Campanha dos Devotos e, no dia 8 de Setembro de 2005, inaugurou-se a TV Aparecida.
Assim como nas igrejas orientais, ortodoxas ou não, no catolicismo romano, Maria é venerada (culto de hiperdúlia) sob inúmeros epítetos que serão destacados a seguir.

OS MAIS IMPORTANTES TÍTULOS QUE MARIA, A MÃE DE DEUS RECEBEU:

Maria recebeu de seus fiéis, centenas de nomes, inspirados nas várias faces que lhe deram os títulos admirados. Tais títulos são referentes a: locais em que viveu sua vida, como Nazaré e Egito; aos vários episódios de sua história, como Natividade, Agonia , Assunção e outros; baseados na sua personalidade protetora, como Amparo, Amor Divino etc; de acordo com sua espiritualidade, como Imaculada Conceição, Paz, Divina Providência, Amor Divino e outros; devido suas aparições, como Guadalupe, Fátima, Lourdes etc; com base em imagens especiais, como Nossa Senhora do rosário de Pompéia, Nossa Senhora de Bistrica, N. Sra da Coréia, etc; pela devoção e busca de proteção, o povo a quis protetora de um país, continente, como sua padroeira como Nossa Senhora D'África, N.Sra Aparecida, N. Sra de Fátima, etc; e mais os títulos consagrados por aqueles que pedem proteção à sua profissão, como Nossa Senhora dos Navegantes, N. Sra do Trabalho etc.
Frente à enorme riqueza de títulos, pensa-se que é possível contribuir com a compreensão dos estudiosos de Maria. Pede-se que muita inspiração e fé, vinda das várias Nossas Senhoras, opere nos leitores e observadores deste trabalho uma inevitável sensação de que Maria nos auxilie a participar, de boa vontade, do Plano de Deus. Uma especialíssima graça mariana há de nos auxiliar na busca da Salvação humana. Maria será a mediadora desta graça, pois ela é nossa mãe espiritual, que jamais desiste de nos oferecer o amor filial de Jesus, condição indispensável para que o cristão possa alcançar do Pai as graças que ele distribui. Maria é a co-redentora dos homens que nos guia sem cessar para a suprema missão de Cristo que é fazer-nos co-herdeiros da graça do Pai, a comunhão de todos os Santos com Jesus Cristo. Maria é nossa companheira e ela assume conosco a promessa de nos amparar na vida e na morte, basta que amemos seu divino filho e pelas pegadas dele vivamos, como ela viveu.
N. Sra Akita – Japão, 1973 (nossassenhoras. Sites.uol.com. br).

N. Sra da Alegria (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Amsterdã, Holanda. 1945 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
Nossa Senhora, a Antiga, - do Panamá - venerada desde 1510 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Aquiropita, este nome quer dizer imagem não pintada pela mão do homem, venerada há vários séculos na Basílica de Rossano, na Calábria, Itália. Os italianos a trouxeram para São Paulo e lá construíram, a Paróquia de Bela Vista, desde 1926 (MEGALE, 1979).
N. Sra Aparecida, - Aparecida, SP - venerada desde 12/10/1717. Foi pescada nas águas do Rio Paraíba, por Domingos Garcia, João Alves e Filipe Pedroso, no Porto de Itaguaçu , na Vila de Guaratinguetá. Primeiro encontraram o corpo e depois a cabeça da imagem. Ficou com Filipe Pedroso, durante 15 anos. Depois seu filho construiu-lhe um oratório. Somente em 1743, por intermédio do vigário de Guaratinguetá e por autorização do bispo do Rio de Janeiro, foi construída uma capelinha para Nossa Senhora. Em 1904, o bispo Dom José de Camargo, colocou sobre a imagem uma coroa de ouro que foi doada pela Princesa Isabel. A proclamação como Padroeira do Brasil, somente se deu em 1930, através da bula do papa Pio XI. A maior honraria à Nossa Senhora Aparecida aconteceu em 1967, em seu 250º aniversário. A Santa Sé doou-lhe a Rosa de Ouro, que fora enviada por Paulo VI. Em 4 de julho de1980, João Paulo II consagrou o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida (MEGALE, 1979).
N.Sra Anunciada, que apareceu em um graveto de lenha, - Setúbal, Portugal – venerada desde 1990, conhecida como Anunciação – saudada pelo anjo Gabriel40a.
N. Sra da nunciação(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Abidjan – que é a padroeira da África(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra Auxiliadora, N.Sra Balsamão, que passou a ser a protetora da esquadra comandada por D. João D`Áustria, que venceu os muçulmanos em 7/10/1571, que queriam invadir a Europa. O Papa Pio V deu a Maria o nome de Auxiliadora. Sua festa passou a ser comemorada com Pio VII, em 1816. O papa Pio VII excomungou Napoleão I da França. Este mandou prender o papa em Savona. Na Prisão, o papa prometeu coroar Maria. A prisão durou cinco anos. Napoleão perdeu a guerra e em 24 de maio de 1814, o papa entra triunfante em Roma e instituiu a festa de Nossa Senhora Auxiliadora (MEGALE, 1979).
N.Sra da Abadia, - Mosteiro do Bouro, Portugal – venerada em Braga, Portugal, desde 883.No Brasil, Nossa Senhora da Abadia tornou-se padroeira de algumas cidades do Triângulo Mineiro e Estado de Goiás. Sua festa é celebrada em 15 de agosto, tendo como maior referência para o culto a cidade de Uberaba, Minas Gerais (MEGALE, 1979).
N.Sra da Agonia – aquela que ouviu de Jesus: “Mulher, eis aí teu filho” (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra das Angústias, também conhecida como N. Sra do Pranto, da Soledade e das Dores. Teve sua história marcada com os espanhóis que conseguiram vencer os mouros e reconquistaram o reino de Granada, Séc. XV. Portugal deu seqüência ao culto de N. Sra das Angústias (MEGALE, 1979).
N. Sra da Ajuda é a Mãe de Jesus, aquela que esteve ao lado da cruz e que viu expirar seu filho Jesus. Seu culto vem desde Portugal e tem grande veneração na Bahia e em Minas Gerais(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra dos anjos, cultuada em Assis, Itália. É a Nossa Senhora de São Francisco de Assis. Sua festa é celebrada em 2 de agosto, que também é o dia do perdão. A festa do perdão foi instituída pelo papa Sisto IV (MEGALE, 1979).
N.Sra da Almudena, - Madri, Espanha – venerada desde 1085(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Almejoeira(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Altagrácia. – República Dominicana (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra do Amparo(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Amor Divino (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Apresentação(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Árvore, - Alta Sabóia, Dramonix, França – venerada desde 1703 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Assunção ou da Glória – aquela que passa por um estágio de morte chamada de dormição – foi assunta ao céu, levada pelos anjos, de corpo e alma. Tornou-se dogma instituído pelo Papa Pio XII. Por ordem de D. João I, Portugal tornou-se devoto de N. Sra da Assunção, em 14 de agosto de 1385 (MEGALE).
N.Sra da Atocha, - Madri, Espanha (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Anguera – interior da Bahia, Brasil –venerada desde 1987 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Azambuja – Brusque, Santa Catarina, Brasil – venerada desde 1875 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Aconchego, protetora da Alemanha, França, Bélgica, Holanda e Áustria. É conhecida como N. Sra do Doce Carinho (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Ambro, Monte Porteno, Itália. É N. Sra das Graças. Venerada, desde o ano 1000 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
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N. Sra da Assunção (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Auxiliadora (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra do Bom Sucesso (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra da Boa Morte – aquela que foi assunta ao céu e não morreu. Ela não morreu de doença, apenas se consumiu de amor para voltar-se para junto de seu filho Jesus. Os antigos padres da Igreja diziam que Maria passou por um processo de dormição. Seu corpo foi levado para um sepulcro novo. De lá foi levada ao céu pelos anjos. Sua imagem é muito parecida com N. Sra da Assunção (MEGALE, 1979).
N.Sra das Boas Novas – Chateau – L’Eveque – venerada desde o séc. XIII. É a protetora de Joana D`Arc. Trata-se de Maria como a Aurora de Cristo. Maria é a palavra oculta para Jesus (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra de Bonária – Bonária, Sardenha – venerada desde 1330 como padroeira (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Bonate – Bonate, Bérgamo, Itália – venerada desde 1944, desde que tenha aparecido por 13 vezes à jovem Adelaide (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Buglose – Rio Adour, Dax, França (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Boa Viagem é a padroeira dos navegantes, padroeira dos portugueses, como N. Sra dos Navegantes. Sua primeira louvação deu-se com o templo de Lisboa, em 1618 (MEGALE, 1979).
N. Sra do Bom Conselho, localidade de Genazzano, Itália. A aldeia foi doada aos papas pelos imperadores cristãos. Seu primeiro templo foi construído a mando de São Sisto III (432-440 – MEGALE, 1979).
N. Senhora do Despacho. É originária de Lisboa, dos frades agostinianos. Hoje muito cultuada em Minas Gerais. Bom Despacho é originado da boa disposição de Maria em dizer “o faça-se em mim”, tornando-se Mãe do Salvador (MEGALE, 1979).
N. Sra do Bom Socorro – da Aldeia de Blosville, Normandia, França. Sua primeira capela foi erguida em 1060. No Brasil, é cultuada em Nova Trento, Santa Catarina (MEGALE, 1979).
N. Sra do Bom Sucesso, também conhecida como N. Sra dos Agonizantes, aquela que concede aos moribundos uma boa morte. Veio para o Rio de Janeiro em 1637. Do Rio de Janeiro, como padroeira da santa casa, passou a ser venerada em Minas Gerais e outras localidades (MEGALE, 1979).
N. Sra do Brasil tem sua Igreja no Jardim América, em São Paulo. Sua origem vem de N. Sra dos Divinos Corações, muito venerada pelos capuchinhos do Recife, desde 1725 (MEGALE, 1979).
N. Sra das Brotas. Este nome é originário da colonização do Mato Grosso, com o nascente Arraial do Bom Jesus de Cuiabá, no século XVIII. Brotas vem de uma história contada de que na época da fundação de Cuiabá, que explorava ouro e diamante, atraindo muita gente, atraiu também pessoas religiosas. Dentre essa gentes estava um jovem que fez um altar à Maria no tronco de uma árvore. O altar ficou rodeado de mimosas folhas e flores. O chefe da caravana fez uma brilhante oração à Virgem e na oração ele dizia que por ter sido Maria a causadora de brotar um vivo amor, por isso ela seria chamada de Senhora das Brotas (MEGALE, 1979)
N. Sra de Bistrica – Bistrica, Croácia – venerada desde 1209 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Belém – Belléan – Belém de Judá. Nela Constantino mandou erguer um templo na gruta da Natividade à N. Senhora, em 330 (MEGALE, 1979).
N. Sra de Beauring ou N. Sra da Bélgica – Beauring, Bela Rangem, Bélgica – venerada desde 1932, quando apareceu por 33 vezes seguidas para 5 crianças (MEGALE, 1979).
N.Sra do Bom Parto é a aquela que ficou isenta do pecado original (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra das Bodas de Cana é a que lembra o casamento, onde Jesus realizou seu primeiro milagre (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Belo Ramo, Santuário de Bétharram, França (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Cabeça Inclinada, - Mosteiro dos carmelitas Maria Della Scalla, Roma – venerada desde 1610 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Cabeça, - Pico da Cabeça, na Serra Morena, Andaluzia, Espanha – venerada desde 1227. Apareceu ao jovem João Rivas. A devoção à N. Sra da Cabeça foi trazida ao Rio de Janeiro por Salvador Correia de Sá, primo de Estácio de Sá (MEGALE, 1979).
N.Sra das Candeias ou da Purificação – venerada desde o séc. I da cristandade (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Caridade do Cobre, ou N. Sra de Cuba – Santiago de Cuba – venerada desde 1628 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Candelária, Ilha das Canárias, Portugal, venerada desde 1401(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Caminho – N. Sra da Estrada – Espanha, Catalunha, venerada por Santo Inácio de Loyola (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Conceição (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Conceição Aparecida – Aparecida, SP.- venerada desde 12/10/1717, quando foi pescada no Rio Paraíba, por Filipe Pedroso e seus companheiros. É a nossa Padroeira (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Caacupé ou do Paraguai – Vale do Pirayú, Paraguai – venerada desde 1603 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Caravággio – Itália – venerada desde 1432. Apareceu para Giannetta Vacchi, mulher camponesa. É cultuada no Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Sua imagem veio ao Brasil por intermédio dos italianos, em 1878 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Casalbordino – Politri, Itália – venerada desde 1526 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra Consolata, - Turim, Itália – venerada desde 1014. Veio pelo Rei Alduino. Seus devotos seguem este lema: “Quem pretende tornar-se santo sem Maria assemelha-se ao pássaro que pretende voar sem asas”. No Brasil, é conhecida como Nossa Senhora da Consolação, cultuada em São Paulo, desde 1799. É a Mãe que consola seus filhos aflitos (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Cabo da Boa Esperança. É N. Sra portuguesa, recordando a descoberta do Cabo das Tormentas, depois Cabo da Boa Esperança (MEGALE, 1979).
N. Sra do Cadeado é a protetora da Serra do Mar. Tem sua capela, próxima do pico Marumbi. Este templo foi inaugurado em 5/2/1965, nos 80 anos da ferrovia Paranaguá-Curitiba (MEGALE, 1979).
N. Sra das Candeias. Nos primórdios da era cristã, 40 dias após o nascimento da criança, costumavam fazer a purificação da mãe. Maria Santíssima também passou por essa. O trajeto de Maria ao templo deu-se através de uma procissão com velas acesas (MEGALE).
N.Sra do Carmo – Monte Carmelo, Haifa, Samaria, onde Bertoldo fundou a Ordem dos Carmelitas – venerada desde 1209. É padroeira dos militares. É a N. Sra do escapulário (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Carvalho, Vion, França. Venerada, desde 1494. Encontrada na cavidade de um carvalho. Foi deixada pelos cristãos que temiam o ataque dos mouros (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Casaluce – Aversa, Itália – venerada desde 1900 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Chartres – catedral gótica de Carnatum França – venerada desde o século VI (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Chama do Imaculado Coração, Hungria, 1980 (MEGALE, 1979).




N. Sra da Confiança (nossassenhoras. Sites.uol.com.br). É a protetora dos bebês e das mães bem jovens e do primeiro parto. É a mãe que inspira confiança, conforto e que pratica a melhor ação que uma mulher pode realizar: gerar, cuidar, conduzir e confortar a criança.
N.Sra de Chinquinquira, Colômbia, é N. Sra do Rosário. Venerada desde 1586 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Coromoto, Padroeira da Venezuela. Venerada desde 1652 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Cotoca – aquela que foi encontrada dentro de um tronco de árvore, em 1799 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

Nossa Senhora Criança (MEGALE, 1979). É a imagem da boa filha que irradia luz e ternura para Santa Ana e São Joaquim.
N.Sra de Czestochowska – padroeira da Polônia – veio do Império Romano, de 431. É a Madona Preta, imagem escurecida pelo fogo. Pode ter sido pintada por São Lucas. Venerada na Polônia, desde 1430 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Carpição é venerada em São José dos Campos, SP. É conhecida como N. Sra do Bom Sucesso. Carpição vem da origem, de antes da fundação da igreja, havia ali uma cruz. Para começar a erguer a igreja, primeiro foi preciso capinar o terreno, daí o nome carpição (MEGALE, 1979).
N. Sra de Ceuta tem origem na tomada de Ceuta que é um forte dos mouros que fica no estreito de Gibraltar. Esta é a N. Sra que foi invocada por D. João I para que pudesse vencer a batalha de Aljubarrota contra os muçulmanos (MEGALE, 1979).
N. Sra Conquistadora é a Virgem dos Sete Povos das Missões do Rio Grande do Sul. Teve origem na construção da capela de Nossa Senhora da Candelária, 1626. O termo Conquistadora veio por intermédio de um quadro da Virgem da Conceição. Com ele, o Pe Roque González conquistou os chefes indígenas (MEGALE, 1979).

N. Sra Consolata (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Consolata (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Consolação (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da conceição da Lapa, nome dado à N. Sra de Antonio Pereira, um lugarejo próximo da cidade de Mariana, MG. A primeira matriz do lugar foi queimada por fogo. O povo era pobre e não pode fazer outra igreja e por isso eles procuraram uma caverna natural, daí o nome Lapa, um importantíssimo santuário do Brasil (MEGALE, 1979).
N.Sra de Copacabana, conhecida como N. Sra da Bolívia – Lago Titicaca – venerada desde 1583 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
A imagem foi esculpida por Francisco Tito Iupanqui, descendente dos incas. É uma imagem com feição indígena. É também N. Sra de Copacabana no Rio de Janeiro, desde o século XVII (MEGALE, 1979).
N. Sra da correia tem origem na correia, cinta simbólica que as mulheres judias usavam como símbolo de pureza. Maria usou uma correia e foi sepultada com ela. A história da correia de Maria serviu de forte exemplo a São Tomé e também à Santa Mônica, Mãe de Santo Agostino. Para ambos serviu de instrumento para converter pagãos (MEGALE, 1979).
N. Sra da Corrente é a padroeira de Penedo que fica às margens do Rio São Francisco. Penedo é uma cidade alagoana, fundada por Duarte Coelho Pereira (MEGALE).
N. Sra de Cuapa – Nicarágua, 1981 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra do Desterro ou do Exílio é a que foge para o Egito, para livrar-se da perseguição de Herodes. A caminhada foi longa, cerca de 250 km, separando Belém de Heliópolis, onde a Sagrada Família passou a morar (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).


N. Sra da Divina Providência (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra da Divina Providência (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra dos Abortados, Estados Unidos da América (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Dolorosa do Colégio, Quito, Equador. Venerada, desde 1906 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra Divina Pastora (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra do Doce Beijo – Escola Cretense – venerada desde o século XVII (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Divino Pranto, Itália. Apareceu à religiosa Marcelina, então Irmã Elizabeth (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de El Carmen de Maipu, Chile. Padroeira, desde 1917 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra das Dores é a Maria que recebe Jesus Morto e o leva ao sepulcro (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de El Viejo, Nicarágua. Veio da Espanha por intermédio de Santa Teresa (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Encarnação é a virgem da Anunciação, a Co-Redentora do gênero humano. É a mulher forte saudada pelo Anjo Gabriel: “Ave, cheia de graça”. “Não temas, Maria, pois achastes graça diante de Deus”. O verbo de Deus encarnou em seu seio. A festa da Encarnação de Maria é 25 de março (MEGALE).
N. Sra da Escada, conhecida como N. Sra da Conceição da Escada é muito venerada em Portugal. O nome foi dado porque o seu templo em Lisboa tinha 31 degraus. Os pescadores, sempre que desciam o rio Tejo suplicavam à Maria de mãos erguidas (MEGALE).
N. Sra da Esperança é a Mãe de Deus lembrada na liturgia romana. É conhecida também como Senhora do Amor Divino, da Expectação, ou do Ó. É a Virgem da Esperança que daria em breve à luz o Filho de Deus. É a N. Sra grávida, tendo o Espírito Santo sobre o peito (MEGALE, 1979).
N. Sra da Eucaristia(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Divino Pranto, Itália. Apareceu à religiosa Marcelina, então Irmã Elizabeth (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de El Carmen de Maipu, Chile. Padroeira, desde 1917 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Estrela é a Virgem Maria saudada no Porto Estrela, no Rio Inhomirim, na Baia de Guanabara, local onde os viajantes passavam, quando iam para Minas Gerais e Goiás. É N. Sra do Divino Pranto, Itália. Apareceu à religiosa Marcelina, então Irmã Elizabeth (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Escorial, Península dos Bálcãs, São Lourenço do Escorial. Sua aparição se deu em 14/06/1981.
N. Sra Eleusa, Nápoles, Itália. É a N. Sra dos Carmelitas. Venerada, desde o século XIII (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Fontana Rosa – Avelino, Itália – veio para a Venezuela como N.Sra da Misericórdia, em 1912(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra de Fátima – Fátima, Portugal – venerada desde 1917, quando apareceu por seis vezes aos três pastores: Lúcia, Francisco e Jacinta. Apareceu durante seis meses seguidos, sendo a primeira aparição em 13 de maio e a última em 13 de outubro de 1917. É a virgem que pede que todos rezem o terço: a família que reza unida permanecerá unida. (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra de Fourviere – Lugdunum ou Lyon, França – é N. Sra do Bom Conselho, venerada desde o século XII (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra da Fé é um título particular de Maria. Ela sempre teve fé. Sua maior prova de fé foi a de aceitar a ser a Mãe de Deus. A prova mais forte surgiu nas bodas de Caná, onde Maria pede que Jesus transforme a água em vinho (MEGALE, 1979).

N. Sra da Guarda, - Marselha, França – venerada desde (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Guadalupe – Guadalupe, México – apareceu para o índio Juan Diego em 9/12/1531, em Tepeyac – venerada desde o século XVI (1519). A Virgem de Guadalupe realizou dois milagres imediatos: curou o tio avô e pai de Juan Diego e fez surgir rosas frescas em pleno inverno para convencer ao bispo de sua aparição que fora narrada pelo índio (MEGALE, 1979).
N. Sra da Guatemala, Guatemala. É Nossa Senhora do Rosário. Venerada, desde 1592 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Gnadenmutter, Alemanha e Áustria, é a mesma Shoenstatt. Venerada desde 1641(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra em Gietrzwald, Polônia. Venerada, desde 1877 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Graça é a famosa imagem que os portugueses encontraram na praia de Cascais, Portugal, em 1362. Trata-se ainda, de forma lendária, da Virgem que apareceu à mulher de Diogo Álvares, O Caramuru, entre 1525 e 1527. Caramuru construiu uma igrejinha em homenagem à Maria, na Baia de Todos os Santos, mais tarde chamada de Vila Velha (MEGALE, 1979).
N. Sra das Graças é a Senhora intermediadora dos homens, a Medianeira de todas as graças. Sua primeira missão foi a de nos dar nosso Salvador (MEGALE, 1979).
N. Sra da Glória tem sua festa em 15 de agosto. Nesta data, Maria, após sua morte e ressurreição, tornou-se a Rainha do Céu e da Terra (MEGALE).
N. Sra da Guia é a padroeira da Paraíba. Seu primeiro templo vem do final do século XVI com os padres carmelitas. O título é litúrgico e se liga ao fato de Maria ter guiado Jesus na sua infância, juventude e ainda o acompanhado em sua missão profética (MEGALE, 1979).
N. Sra do Horto, Gênova, Itália. Venerada, desde 1400 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra dos Humildes é um título por excelência de Maria. Ela pouco aparece nos evangelhos, a não ser no nascimento, na infância e em algumas passagens da vida pública de Jesus. Em suas aparições, deu preferência à crianças, a camponeses, pessoas simples e pobres modestas. Sua maior humildade está na resposta do Magnificat (MEGALE, 1979). .
N. Sra do Infinito Amor (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra do Imaculado Coração (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra de Izamal, Izamal e Mérida, Peru. Venerada desde 1558, através do Frei Diogo de Canola (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Irlanda – Condado de Maio – apareceu à Margaret Beirne, em 1879 e daí em diante foi venerada (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Kazan – Constantinopla – venerada desde o século XIII (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra das Lágrimas de Siracusa – Sicília, Itália – venerada desde 1953 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Lampadosa é a Virgem da Ilha de Lampadusa que fica no Mediterrâneo, entre Malta e Tunísia. De Lampadusa, escravos negros trouxeram uma imagem de N. Sra que é cultuada no Rio de Janeiro – a princípio em uma capelinha muito modesta – cujo local passou a se chamar, segundo “estampa de Debret e de acordo com os cronistas da época, era a Lampadosa um templo feio e acanhado (MEGALE, 1979).
N. Sra da Lapa – Quintela, Portugal – venerada desde 1498. Sua história vem do século X. Trata-se de uma imagem de N. Sra que foi escondida em uma rocha (lapa) de pedra pelas irmãs beneditinas de Aguiar da Beira. Estas freiras foram perseguidas, em 983, por Almansor, califa de Córdoba. Os mouros atacaram conventos e clausuras de religiosos. A imagem foi encontrada em 1498 por Joana, muda de nascença. No Brasil é cultuada no Rio de Janeiro e Bahia (MEGALE, 1979).
N.Sra da Luz – Carnide, Portugal – venerada desde 1453, com suas aparições em forma de luz, por isso o local chamado Fonte do Machado, próximo de Lisboa, passou a ser chamado de “A Luz” (MEGALE, 1979).
N. Sra da Luz dos Pinhais – Curitiba, PR – venerada desde a fundação de Curitiba, 1659. Curitiba surgiu da Vila de Nossa Senhora da Luz que foi erguida entre os pinheirais. A primeira capela foi erguida, onde é hoje a Praça Tiradentes (MEGALE, 1979).
N.Sra de Lourdes, de Lourdes, sul da França. Apareceu a Bernadete Soubirous, em 11 de fevereiro de 1858. A Virgem apareceu mais 17 vezes a Bernadete. Da terceira aparição em diante, centenas de pessoas acompanharam a Bernadete que entrava em êxtase ao ver N. Senhora. Bernadete sofreu agressões das autoridades. Somente em 1862 que a Igreja autorizou o culto à N. Sra de Lourdes (MEGALE, 1979).
N.Sra de Lãs Lajas – Lãs Lajas, Colômbia – é N. Sra do Rosário, venerada desde o século XVIII (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Laus, França. Venerada por São Miguel, desde 1665. Apareceu à Benedita Rencurel (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de La Priere, Tour, França. Apareceu a três crianças (12, 7 e 10 anos). Venerada, desde 1947 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Lágrima de Dongo, Rio Albano, Itália. Venerada, desde 1543 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N.Sra do Leite é a que amamenta Jesus. É a mesma Senhora Mãe de Deus, representada por N. Senhora da Anunciação, da Encarnação, da Expectação, do Ó ou do Parto. Esta imagem data do final da Idade Média. O culto à Virgem do Leite teve início na Palestina. Diz a lenda que em Belém existe uma gruta, ali Maria parou para amamentar Jesus, no momento em que a Sagrada Família fugia para o Egito. O leite espirrou e a rocha ficou branca (MEGALE, 1979).
N. Sra de Lavang – Vietnã (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Loreto vem da origem, da casa que abrigou Maria, em Nazaré. Nela o anjo Gabriel anunciou a Maria o mistério da encarnação. Conta-se que a casa de Nazaré “por meio de um dos m ais estupendos prodígios apontados pela história, foi transportada pelos ares, [...] até fixar-se na Itália, em um bosque de loureiros, próximo da vila de Recanati ”. Conta-se que a casinha foi transportada novamente e o segundo transporte da casinha deu-se em 1291. Os muçulmanos invadiram a Europa, mas a casinha de Maria foi transportada para a colina de Tersato, na Dalmácia. O outro transporte deu-se em 1295, sendo transportada para o outeiro, na cidade de Loreto, daí N. Sra do Loreto (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Livramento é a Virgem intercessora de Portugal. Em 1580, D. Sebastião desapareceu na batalha de Alcácer-Quibir. Filipe II da Espanha dominou Portugal. Conta-se que Rodrigo Homem de Azevedo, defensor ardente de Portugal, foi perseguido. Sua esposa pediu à Maria proteção. Maria apareceu à esposa de Rodrigo Homem e prometeu livrá-lo. Ele saiu livre e por isso mandou fazer uma imagem de N. Sra que se tornou N. Sra do Livramento (MEGALE, 1979).

N. Sra de Lujan – Argentina. Surgiu em 1630, com a construção de uma ermida, na cidade de Córdoba Del Tucuman, em homenagem à N. Sra da Conceição. Foi coroada em 1887 e tornou-se padroeira da Argentina e do Uruguai em 1930. É considerada a N. Sra da América Latina (MEGALE, 1979).
N.Sra Meditação – Frankfurt, Alemanha (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra das Mercês – Portugal – venerada desde o séc. XII. Neste período os muçulmanos dominaram a Europa. Os espanhóis foram massacrados. Maria socorre os cristãos e ajuda a fundar a Ordem das Mercês. Através de Pedro Nolasco, São Raimundo de Penaforte e o monarca D. Jaime I de Aragão, foi construído o convento e fundaram a Ordem Real e militar de Nossa Senhora das Mercês da Redenção dos Cativos. Fizeram votos de castidade, pobreza e obediência e até se tornaram escravos para defender os cativos (MEGALE, 1979).
N.Sra da Misericórdia ou da Fontanarosa - Avelino, Itália – veio para Caracas, Venezuela e é venerada como padroeira, desde 1912 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra Madre de Deus. Nestório, Patriarca de Constantinopla, negou a maternidade divina de Maria. Para ele, Maria era apenas mãe do homem e não Mãe de Deus. Contra Nestório se pôs são Cirilo, Patriarca da Alexandria. O caso foi resolvido, quando em 431, o papa São Celestino convocou o Concílio de Éfeso, decidindo que Maria é e deve ser cultuada como Mãe de Deus (MEGALE, 1979).
N. Sra Mãe da Igreja é considerado um dos mais novos títulos de Maria. Em 21 de novembro de 1964, no encerramento da 3ª sessão do Concílio Vaticano II, a Igreja proclamou Maria como sua mãe. Chamando-a de Mãe da Igreja, Mãe Amorosíssima, o papa Paulo VI a conclamou mãe de todo o povo de Deus. Este nome é marca que acompanha Maria desde a cruz de Cristo, quando Jesus, olhando para o apóstolo João, disse-lhe: “Eis a tua Mãe”. O Concílio deu este título a Maria, afirmando que “ pela geração a mãe imprime sua semelhança aos filhos; a Igreja traz a semelhança de Maria, pois foi gerada em seu concurso” (MEGALE, 1979).
N. Sra Mãe dos Homens. Este título veio de Frei João de Nossa Senhora, do convento de São Francisco das Chagas, Xabregas, Lisboa, Portugal. Frei João era eloqüente orador – também conhecido como poeta de Xabregas. O título Mãe dos Homens nasceu da própria ação do frei. Este visitava a todos e em qualquer lugar dizia a todos: “a Mãe Santíssima era também a Mãe dos Homens e para Ela deveriam dirigir-se nos momentos de aflição” (MEGALE, 1979).

N. Sra de Medjugorge – Bósnia Herzegovina, 1981(nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra das Maravilhas é a Nossa Senhora que abençoou o Padre Vieira para que se tornasse no brilhante orador que foi. Maravilhas, sim maravilhas, fez Maria em toda a sua vida. Se Maria operou uma transformação no Padre Vieira, que era um jovem de pouca inteligência, tornando-o mais tarde no grande orador sacro que assombrou o Brasil e Portugal, muito mais do que isto Maria o foi na sua vida. Maravilhas ela operou, sendo a Imaculada Conceição, a Gloriosa Assunção, a Encarnação do Verbo de Deus, e outras qualidades importantíssimas, expressas em centenas de manifestações de Maria ao mundo (MEGALE, 1979).
N. Sra dos Mares é uma homenagem à Maria prestada pela cidade de Salvador, na baia de Todos os Santos. A história narrada por Frei Agostinho de Santa Maria afirma que por volta de 1722, uma estátua de Maria foi encontrada na areia de Salvador e lhe foi dado o nome de N. Sra dos Mares (MEGALE, 1979).
N Sra Mediadora das Graças (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
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N. Sra da Misericórdia é a mãe que afaga as dores de seus filhos que sofrem. Maria, no alto do Calvário, acolheu Jesus pregado na cruz e dividiu com ele seus sofrimentos. Esta mãe é sempre lembrada para aqueles que rezam: “Salve Rainha, Mãe de misericórdia.” Ela é a Mãe que participa diretamente da Onipotência Suplicante de Jesus que não cessa de nos conceder seu perdão, sua misericórdia (MEGALE, 1979).
N. Sra do Monte é a venerada em Olinda. Esta cidade histórica, cheia de igrejas e conventos jesuíta, beneditino, carmelita e outros, muito homenagearam a religião católica. Estes monumentos foram erguidos sobre montes que circundam Olinda. Um dos mais tradicionais templos é o de Nossa Senhora do Monte, daí sua homenagem (MEGALE, 1979).
N. Sra do Monte Claro é a mesma Nossa Senhora da Polônia, a Senhora de Czentochowa. O Brasil homenageou Maria de Czentochowa como sendo Nossa Senhora do Monte Claro. A história diz que a Madona da Polônia é um dos mais antigos quadros de Maria que foi pintado por São Lucas. São Lucas pintou Maria, ainda viva, no tampo de uma mesa feita por São José. A obra de arte permaneceu e se encontrava no palácio de Constantino, em 431 (MEGALE, 1979).
N. Sra de Muquém é a Virgem que protegeu um velho português que minerou ouro em Goiás, em Moquém ou Muquém, São Tomé do Muquém (lugar onde foram capturados negros foragidos que formaram quilombos). Ali, o velho sobrevivia, garimpando pequenas faíscas de ouro. Por estar ilegal com a garimpagem, pediu proteção da Virgem Maria. Esta veio em seu socorro e ele prestou-lhe uma homenagem, mandando fazer uma bela imagem da Virgem Maria que foi colocada na Igreja de São Tomé (MEGALE, 1979).

N.Sra de Montserrat – Catalunha, Barcelona, Espanha – venerada desde o século IX. O nome deriva da montanha que se assemelha a uma serra de dentes agudos. No Brasil, é considerada a padroeira de Santos, tendo sua história originado em 1602 (MEGALE, 1979).
N. Sra Menina é a N. Sra que aparece com Sant’Ana. Os Evangelhos Apócrifos narram que Ana, mãe de Maria parecia estéril. Seu esposo, Joaquim, sendo zombado pelos amigos que não tinha filho, refugiou-se para o deserto, com seus pastores. Era muito rico. Ana suplicou a Deus, pois queria ter um filho. Deus ouviu, enviando-lhes mensageiros para confortar Ana e solicitar a volta de Joaquim. Maria nasceu e aos três anos foi levada ao templo e ali foi oferecida para que pudesse dedicar-se às coisas de Deus (MEGALE, 1979).
N. Sra do Manto Protetor, Povoado de Riviera (Alemanha, Áustria e Suíça). É conhecida como Schutzmantelmadonna (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Milagre de Salta, Salta, Argentina. Venerada, desde o séc. XVII (1692). É N. Sra da Conceição que veio da Espanha (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Marijapvch, Povch, Hungria. Venerada, desde 1696 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Monte Berico, Vicenza, Itália. Venerada, desde 1426 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Maria-hilf de Sulz ou N. Sra do Rio, Leopoldsberg. Venerada, desde 1748 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Maria Auxiliadora de Torino, Turim, Itália, Basílica de Superga. Venerada, desde 1865 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Medalha Milagrosa. apareceu na França, para Catherine Laboure, em 1830 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Natividade é a que sustenta Jesus recém-nascido, na gruta de Belém. Não se sabe exatamente o ano do nascimento de Maria. Em 1985, a Igreja comemorou os 2000 anos do nascimento de Maria. A Natividade de Maria é comemorada em 8 de setembro. Maria era descendente de Davi, da parte de seu pai, Joaquim. Da parte de Ana, sua mãe, Maria descendia do sacerdote Arão. Foi o próprio sacerdote Arão que censurou Joaquim por não ter filhos. Ana, já era mulher madura, quando ficou grávida de Maria. Maria foi apresentada no templo, 80 dias depois de seu nascimento, segundo o costume da época. Entre 3 ou 4 anos, novamente foi levada ao templo para se consagrar ao serviço de Deus (MEGALE, 1979).
N.Sra de Naju, Korea. Venerada desde 1985 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br) .
N. Sra dos Navegantes é um título dado à Maria, desde a Idade Média, no tempo das Cruzadas. Naquele período os cristãos atravessavam o Mediterrâneo, vindos da Palestina, para defender os lugares santos. Para tanto recorriam à proteção de Maria. Tal intercessão foi estendida aos portugueses e espanhóis, em busca de novas descobertas. Os navegadores invocavam a intercessão da Mãe dos Navegadores. Rendendo homenagens, Colombo deu o nome de Santa Maria a uma de suas caravelas. Cabral levava consigo uma imagem de Nossa Senhora da Esperança. E os nomes se completam ainda mais: Nossa Senhora dos Mares, da Boa Viagem e dos Navegantes (MEGALE, 1979).
N. Sra de Nazaré trata-se de uma escultura de Maria que foi feita por São José e depois melhorada por São Lucas. Contam que um monge grego tirou a imagem do convento de Nazaré para não ser destruída pelos imperadores do Oriente que sucederam Constantino. A imagem foi para a África e depois veio de volta para a Espanha, em Mérida. Quando da invasão dos mouros, o então rei D. Rodrigo e um frade romano levaram a imagem e a depositaram numa gruta junto do oceano e junto com ela deixaram um pergaminho explicando a origem da santa. A imagem foi descoberta por D. Fuas Roupinho que era cavaleiro e amigo de D. Afonso Henriques, no século XI (MEGALE, 1979).
N. Sra das Neves é a virgem do Estado da Paraíba. A virgem tornou-se padroeira da Paraíba por meio de João Tavares que venceu os índios potiguares que eram aliados dos franceses, em homenagem à Maria deu o nome à Paraíba de Nossa Senhora das Neves. Com a chegada de Filipe II, os representantes do rei mudaram seu nome para Filipéia. Em 1634, a Holanda dominou Filipéia que tinha 1500 habitantes e 18 engenhos de açúcar, mudou seu nome para Frederica, em homenagem a Frederico de Orange, governador da Holanda. A expulsão dos holandeses fez devolver o nome de Paraíba à cidade. Em 1930 o nome foi trocado para João Pessoa. Apesar de tantas lutas, o nome de Maria: Nossa Senhora das Neves não foi trocado e é ela a padroeira da Paraíba (MEGALE, 1979).
N.Sra d'Oropa – Biella, Piemonte, Itália. Veio por intermédio de Santo Eusébio, em (nossassenhoras. Sites.uol.com.br)
N. Sra da Oração (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do ó é a Nossa Senhora grávida. É a Nossa Senhora da Expectação do Parto. Pela primeira vez foi comemorada a mando de Santo Ildefonso, Bispo de Toledo, Espanha. Para os estudiosos do assunto, estes ensinam que a letra o representa a imortalidade de Jesus. Outros ainda dizem que vem de exclamações que a Igreja reza em suas antífonas antes do Natal. Vem de Oh (MEGALE, 1979).
N. Sra da Oliveira é uma antiga veneração de Maria, dos primórdios do cristianismo. O nome veio por intermédio de São Tiago que foi evangelizador da província de Braga (Portugal), depois também da atual cidade de Guimarães. São Tiago conseguiu converteu os que veneravam a deusa Ceres e transformou seu templo em um templo para Maria. Dali nasceu o nome de N. Sra da Oliveira, Santa Maria de Guimarães. O nome de N. Sra da Oliveira, pensam alguns hagiólogos que havia uma grande oliveira perto do templo (MEGALE, 1979).
N.Sra do Paraíso – São Paulo, SP.- venerada no século XX (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Parto
N. Sra do Parto é a N. Sra da Expectação ou N. Sra do Ó. É a N. Sra com Jesus recém-nascido (MEGALE, 1979).
N. Sra do Patrocínio é a N. Sra do Amparo. É a mãe que se preocupa com as dificuldades dos outros. É Maria que nos é dada pela Bíblia, nas bodas de Cana (J0.2,1-11). É a Mãe Santíssima que insiste com Jesus e este opera seu primeiro milagre. É Maria que patrocina a história da redenção de Cristo (MEGALE, 1979).

N. Sra da Paz é originária do século IX, de Toledo, Espanha, local governado por Afonso VI, rei de Castela. Esta região foi o maior centro religioso da Espanha antiga (MEGALE, 1979).
N. Sra da Pena é a Virgem que inspira os pintores, escultores e literatos para que retratem as belezas da Mãe de Deus. É a Virgem padroeira dos artistas que retratam as questões religiosas (MEGALE, 1979.
N.Sra da Penha – Serra da Penha de França, Espanha, venerada desde 1434 por um monge, Simão Vela. O monge sonhou com ela e foi em sua busca. /ao encontrá-la deu-lhe o nome de Nossa Senhora do Pilar. Neste local, Carlos Magno desbaratou os mouros (MEGALE, 1979).

N.Sra de Pellevoisin – Pellevoisin, França - aparece para Estrela Faguete por 15 vezes, a partir de 1812 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br)
N. Sra do Perpétuo Socorro trata-se de um quadro que foi roubado por um negociante, ainda na Idade Média. O quadro foi encontrado por uma menina, após a morte do negociante. No ano de 1499, foi intronizado na capela de São Mateus, em Roma. A capela foi destruída, três séculos depois. A imagem foi redescoberta pelos padres redentoristas e estes se encarregaram de divulgar o fervor especial à N. Senhora.
É a N. Sra de Santo Afonso Maria de Ligório, conhecida pela jaculatória: “Fazei que todo o mundo conheça o Perpétuo Socorro” (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Piedade é a Mãe Santíssima que se apresenta com seu filho morto nos
Braços, após o suplício do Calvário (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Pilar é considerado o título mais antigo atribuído à Maria. Os apóstolos pregavam e atraíam centenas de fiéis ao cristianismo. Nossa Senhora é Pilar, pois sempre que os apóstolos partiam para suas pregações, estes iam ter com Maria e a ela pediam licença e tomavam a bênção. Cena confortante foi a de São Tiago Maior que recebeu de Maria estes dizeres: “Vai, meu filho, cumpre a ordem de teu Mestre, e por ele te rogo que, naquela cidade da Espanha em que maior número de almas converteres à fé, edifiques em minha memória conforme o que te manifestar” (MEGALE, 1979).
N. Sra de Pompéia, Pompéia, Itália. Venerada desde 1876. Pompéia desapareceu com o Vulcão Vesúvio, em 24/8/79 da era cristã (MEGALE, 1979).
N. Sra de Pompéia é Nossa Senhora do Rosário que foi fortemente difundida por Bártolo Longo, em Pompéia, Itália (MEGALE, 1979).
N. Sra da Ponte é a padroeira de Sorocaba, que nos vem recordar aquela cidade como o local das antigas feiras de gado e entroncamento para o sul do Brasil, no século XVIII (MEGALE, 1979).
N. Sra da Porta do Céu é a Virgem que leva os fiéis à bem-aventurança, à entrada no céu. Todos nós necessitamos compreender de que não chegamos ao Pai a não ser por intermédio de Jesus e não chegamos ao Filho Jesus a não ser por intermédio de sua Mãe, Maria. Esta imagem de N. Sra tem no braço esquerdo o Menino Jesus e na mão direita uma chave dourada para abrir a porta do céu. Maria é a Porta do Paraíso, é a Chave do Reino de Cristo (MEGALE, 1979).
N. Sra do Porto é a padroeira do santuário de Clermont Ferrand, França. Data do século VI, tempo em que foi cristianizada a Gália (MEGALE, 1979).
N. Sra do Povo é a Nossa Senhora Del Popolo, intronizada num templo que foi construído no lugar onde estava o mausoléu que continha as cinzas do corpo do imperador romano, Nero, o tirano (MEGALE, 1979).
N. Sra dos Prazeres, Lisboa, Portugal. Venerada, desde 1599. Esta N. Sra nos orienta a festejar seus sete prazeres: “A anunciação do anjo, a saudação de Santa Isabel, o nascimento de seu Divino Filho, a visita dos Reis Magos, o encontro de Jesus no templo, a primeira aparição de Cristo após a Ressurreição e finalmente a sua coroação no Céu após sua gloriosa assunção” (MEGALE, 1979).
N. Sra do Presépio é a Mãe venerada pelo Papa Libério que instituiu os festejos do nascimento de Jesus. É a Virgem glorificada por São Francisco de Assis, que difundiu a montagem do presépio do Menino Deus (MEGALE, 1979).
N. Sra de Quinche, Equador. Venerada, desde 1604 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Rainha dos apóstolos é a Virgem Mãe de Deus que sempre acompanhou os 12 apóstolos de Cristo e continua acompanhando os apóstolos da Congregação Palotina, é a N. sra de São Vicente de Pallotti (MEGALE, 1979).
N. Sra dos Remédios é a Mãe que trás a cura ao corpo, através da conversão da alma. Maria é o único remédio para nossa vida, é vista como: “Medicina do Mundo, Saúde dos enfermos, Senhora da Saúde e Nossa Senhora dos Remédios”. Tais sinais e ensinamentos vieram através de Santo Tomás de Vilanova (MEGALE, 1979).
N. Sra da Revelação, Itália, 1947 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Rocio é a N. Sra de Paranaguá, PR. Os índios carijós que habitavam esta localidade foram catequizados pelos jesuítas. Em 1648, Paranaguá foi elevada à vila. Nossa Senhora do Rocio foi pescada por Pai Berê, junto ao mar, próximo do Rocio, local próximo de Paranaguá, onde ele morava. É uma imagem muito semelhante à N. Sra do Rosário (MEGALE, 1979).
N. Sra do Rosário é a Virgem Santíssima que inspirou o cônego Domingos de Gusmão a combater as heresias dos albigenses franceses do século XIII. Este cônego é São Domingos que instruiu a devoção ao rosário. Domingos fundou a Ordem dos Dominicanos. Com a vitória dos cristãos contra os turcos muçulmanos, na Batalha de Lepanto, em 7 de outubro de 1571, o Papa Pio V instituiu a festa de N. Sra das Vitórias, que depois passou a ser chamada de N. Sra do Rosário, por intermédio do papa Gregório XIII (MEGALE, 1979).
N. Sra Regina Mundi é a Rainha do Mundo – N. Sra do Carmo (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra das Rosas – Bérgamo, Itália (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Rocamadour, França. Venerada, desde o século (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Sagrado Coração é a mãe bondosa que doou seu sangue santíssimo para formar o coração de Jesus. É ela que auxilia as pessoas no culto ao coração de Jesus. É também chamada de N. Sra dos Divinos Corações e também de N. Sra do Brasil. É venerada no Brasil desde 1710. É a Maria que está com Jesus aos 12 anos, naquela passagem bíblica em que Jesus diz à Maria e a José que ele tinha que cuidar das coisas de seu pai. Ali ele mostra seu coração e também aponta para Maria (MEGALE, 1979).
N. Sra da Salete apareceu na França, em Isére, próximo dos Alpes, para dois pastorinhos, Maximino e Melânia, em 19 de setembro de 1846. O local da aparição ficou chamado de Monte da Salete. Esta aparição se deu na véspera do dia de N. Sra das Dores. Ali, em 1852 foi instalado o primeiro santuário à Maria de Salete. Maximino morreu ainda jovem. Melânia fundou a congregação das Filhas do Zelo do Divino Coração de Jesus. Morreu em 1904 (MEGALE, 1979).
N. Senhora do Santíssimo Sacramento é a mãe que acompanha Jesus na instituição da Eucaristia, naquele gesto sagrado em que Jesus parte o pão, consagra o vinho e os dá aos discípulos, naquele pronunciamento do “Tomai e comei, isto é meu corpo”. Do “Bebei dele todos, pois é o meu sangue”. A visita ao Santíssimo Sacramento iniciou-se no século XII e sua exposição no século XIV. Os padres sacramentinos, fundados por São Julião, em 1956, são exemplos de cultuadores do coração de Maria (MEGALE, 1979).
N. Sra da Saudade. Este nome vem da palavra saudade tão bem cultuada pelos portugueses, mas com mais força e mais nobreza, Nossa Senhora da Saudade passou a ser cultuada e louvada no Brasil, no Carmelo de Petrópolis a 30 de março de 1918. Saudade que Maria tinha de seu filho que ela cuidou e acompanhou até o pé da cruz. Por ele esperou e confiou o mistério da ressurreição. Com ele e por ele foi transladada aos céus por anjos de Deus (MEGALE, 1979).
Nossa Senhora da Saúde (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Saúde tem o México como o lugar onde ela foi louvada primeiramente. Desde 1538 ali, os índios Patzcuaro esculpiram uma imagem de N. Sra da Saúde. Em Portugal ela foi invocada na cura contra a peste negra, no século XVI. Por isso a invocação de N. Sra dos Enfermos, N. Sra dos Agonizantes, N. Sra da Saúde. A Itália também louva Maria porque ela livrou Veneza da peste que a atingiu em 1630. No Brasil ela é a padroeira de Poços de Caldas, pelo decreto governamental de 1874, possivelmente porque ali houve muitas buscas de curas nas águas sulforosas (MEGALE, 1979).
N. Sra do Sion é a mãe que repousa nos braços Jesus que aparenta mais ou menos um ano de idade. Ela apareceu a Afonso Ratisbone, jovem israelita, ateu e boêmio. O jovem odiava os cristãos porque conheceu a miséria dos judeus do Ghetto romano. Foi numa visita a Roma que Ratisbone entrou na residência de um amigo protestante. Este o levou ao barão de Bussiéres, fervoroso católico.O barão pôs no pescoço de Afonso a medalha. Ele a aceitou por educação. No dia seguinte entrou com o Barão na igreja de Santo André. Ali ele teve uma forte visão de N. Sra. Isto ocorreu em 1842. O jovem se converteu e com seu irmão fundaram uma congregação religiosa destinada a converter o povo de Israel. Trata-se de N. Sra que investiu sua vida em favor da obra redentora de Jesus (MEGALE, 1979).
N. Sra da Soledade é a mãe que foi solidária em tudo na vida, paixão e morte de cruz de seu divino filho. N.Sra da Soledad – Antequera (Vale de Oaxaca), Guatemala – venerada desde 1620. É a mãe que acompanha o cordeiro de Deus que foi imolado para todos os povos de todos os tempos. É a virgem dolorosa que aparece junto ao lenho da cruz e que sofre com ele o sacrifício de ser crucificado. É a mesma Maria que toma cuidadosamente, após a morte o Santo Sudário ou o lençol de linho que envolveu Jesus, após a sua morte. No Brasil, é muito cultuada em Minas Gerais (MEGALE, 1979).
N.Sra Serra – Cabra, Espanha – foi esculpida por São Lucas no séc. I da era cristã (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Shoenstatt é a mãe três vezes admirável - Santuário de Shoenstatt, Limburgo, Alemanha – a imagem original veio de Augsburgo, em 1067 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra de Soufanieh, Damasco Síria. Apareceu à Mirna por várias vezes, em 1982 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Supaya, padroeira de Honduras. Venerada desde 1947 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de San Nicolas, Buenos Aires, Argentina. Venerada desde 1983 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra do Sorriso, França. É a N. Sra de Santa Terezinha. Desde 1894 foi depositada no Mosteiro de Lisieux (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra Sete Dores, Santa Maria Imaculada, Mãe Três Vezes Admirável, Estrela da Manhã - Maris Stella (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra do Sim é a que respondeu o sim ao Anjo Gabriel. É a Maria do Magnificat, aquela que se fez a serva do Senhor, que aceitou ser a Mãe do Criador, que se doou totalmente à obra redentora do Pai (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Siracusa (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra Tabernáculo do Altíssimo, Rwanda, África. Venerada no século XX (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra da Ternura (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Theotocos que significa Mãe de Deus. Originada no concílio de Éfeso, século V (431) (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

N. Sra do Trabalho (nossassenhoras. Sites.uol.com.br)..
N. Sra das três mãos – Bulgária – venerada desde 1600. É assim chamada por aparentar três mãos juntas: as duas da mãe e uma de Jesus (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra do Uruguai, Flórida, Uruguai – conhecida como N. Sra do Lujan. Venerada desde 1767 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).

Nossa Senhora de Umbe, Espanha, 1971.
N.Sra da Vida – Mosteiro de Lorvão, Montelo – Fátima, Portugal – venerada desde o século XIV (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N.Sra da Visitação é a Maria que é abnegada. Poucos dias depois da anunciação do anjo ela foi visitar Isabel, em Hebron, quando esta esperava ter João Batista. Ao encontrar-se com sua prima, a criança pulou no ventre da mãe, Maria é solidária com a prima Isabel, pois sabia que com ela estava o Criador do Mundo. Foi levar a graça à família do sacerdote Zacarias. Foi de Isabel, mulher c0heia do Espírito Santo, que Maria recebeu esta saudação magnífica: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto de teu ventre”. Isabel ficou entusiasmada e muito forte ao receber a visita da Mãe do Salvador do Mundo (MEGALE, 1979).
N.Sra da Vitória – Vitória, Espanha – venerada desde o séc. XV. Ela é a protetora de todos os que se defendem contra inimigos invasores. É Maria, a protetora dos portugueses, desde a primeira expedição exploradora ao Brasil, em 1501. Ela era conhecida dos portugueses, desde D. João I. O rei português a invocou na batalha de
Aljubarrota, contra os castelhanos (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Vailankanni, Golfo de Bengala, Índia. Venerada desde 1500 (MEGALE, 1979).
N. Sra do Vidro, Pindamonhangaba, SP. É a N. Sra que aparece no vidro de uma Escola, desde 28/7/2002 (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
N. Sra de Walsingham, Inglaterra. Apareceu à viúva Lady Richeldrs de Faverches, ainda na Idade Média (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
Ainda presto uma homenagem a N. Sra do Maracanã que apareceu em 1952 para uma menina de oito anos, junto ao pico do Amor, em Jandaia do Sul. Ali, os católicos de Jandaia do Sul, com a organização do Senhor João Diogo Ceciliano e do Padre João Barbieri, ergueram uma capela e a consagraram à N. Sra do Guadalupe (Padroeira do México). Hoje o morro é pouco conhecido e visitado.
São tantos os nomes de Maria que foram pronunciados, que deixamos ao leitor curioso a vontade de procurar ainda estas novas nomenclaturas que não pudemos definir, tais como: N.Sra da Aurora, N.Sra da Batalha, N.Sra da Boa Viagem, N.Sra do Rosário, N.Sra Rosa Mistica, N. Sra do Caminho, N. Sra dos Remédios, N. Sra do Livramento, N. Sra do Carmo, N. Sra do Carmo de Légua, N.Sra dos Trinta e Três, N.Sra Mãe da Eucaristia, N.Sra Mãe dos Homens, N. Sra de Valfreury, N. Sra Desatadora de Nós, N.Sra de Tagliacozzo, Itália, N. Sra de Shesan, N.Sra de Pontmain, N.Sra dos Navegantes, N.Sra do Perpétuo Socorro, N.Sra de Lãs Vang, N.Sra do Milagre de Salta, N.Sra dos Anjos, N.Sra de Knock, N.Sra do Divino Amor, N.Sra do Bom Sucesso, N.Sra do Bom Despacho, N.Sra de Dong Lu, N.Sra de Kazan, N.Sra Desatadora dos Nós, N.Sra de Nazaré, N.Sra de PUY, N.Sra das Necessidades, N.Sra das Três Espigas, N. Sra de Altagracia, N. Sra de Angelina, N.Sra da Paz, N.Sra da Ternura, N.Sra do Rosário, N.Sra da Piedade, N.Sra da Revelação, N. Sra das Neves, N.Sra Medianeira, N.Sra Glória, N.Sra da Divina Providência, N. Sra da Guia, N. Sra da Evangelização, N.Sra da Esperança, N.Sra da Cadeira (nossassenhoras. Sites.uol.com.br).
Por tudo isso, uma só é a Mãe de Deus, aquela que está de braços abertos para acolher a todos nós seus filhos. Não importam seus nomes e os lugares de maiores devoções – ela é nossa mãe – a Maria é uma só, é a Mãe de Jesus.
Ela veio ao mundo para ser a Mãe de Jesus e ele no-la deu como nossa mãe. Ela nos ensina constantemente que rezar é um dos melhores acertos dos cristãos.

A HONRA DE SER AVALIADOR DO MEC

A IES E O AVALIADOR: A HONRA DE ESTAR EM ALGUM LUGAR DO BRASIL
Professor Afonso de Sousa Cavalcanti
A avaliação é a chave para autorizar e reconhecer as IES e seus cursos.
O Brasil precisa investir mais para atender melhor e atingir a qualidade mínima no atendimento educacional. Em recente encontro em Brasília, entre os dias 15 e 17 de abril do corrente ano, o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira) informou que existem no País 2.300 IES, atendendo a 22.000 cursos de educação superior e suprindo a demanda de 5.000.000 de alunos. O atendimento ainda está muito longe de ser o bastante, pois corresponde a menos de 12% da juventude entre 18 e 23 anos. Os diversos órgãos ligados ao MEC, assim descritos: INEP, CONAES, CNE, SESU, SETEC. SEED, CTAA e outros, precisam de delegados que possam ir aos quatro cantos do país e atendam as reivindicações das várias instituições que querem participar da educação com qualidade. Tais delegados são denominados AVALIADORES. A IES que tem um avaliador deve se sentir honrada porque passa a ser vista e reconhecida na capital de seu país. O encontro de 15 a 17 de abril de 2009 me conferiu o entendimento de “qual é o papel do avaliador” e sobre isto quero relatar sucintamente a seguir.
O avaliador tem a honra de executar a tarefa singular, com os seguintes objetivos:
a) desempenhar a função delegada pelo MEC (INEP, no âmbito da avaliação); b) participar da consolidação da cultura de avaliação na graduação; c) contribuir para o aprimoramento das instituições e dos cursos. Para tanto, o avaliador se torna um sujeito público com o seguinte compromisso: garantir a credibilidade do processo de avaliação e da correta imagem das instâncias e das pessoas envolvidas.
Para ser avaliador, o MEC cobra postura e determina que o perfil do docente avaliador deva moldar-se nos seguintes atributos: competência acadêmica; postura ética ilibada; espírito público e urbanidade; domínio dos procedimentos de avaliação; cordialidade e bom senso. A urbanidade, a postura ética e o domínio dos procedimentos de avaliação exigem as seguintes atitudes do avaliador: primar pela qualidade dos relatórios de avaliação e, portanto, afastar-se de atitudes reguladoras (cobrar mudanças nos projetos de curso); não fazer avaliações de cunho regulatório, prestando assessorias; preservar o sigilo das informações; evitar entrevistas ou exposições na mídia sobre a função que foi exercida pelo avaliador.
Ao participar deste encontro de capacitação em Brasília confesso que pude refletir sobre a realidade do funcionalismo público brasileiro. Na sua quase totalidade, os professores e técnicos deste encontro atuam em universidades estaduais e federais. A maioria participa no quadro de carreira de 40 horas semanais, mais carga horária de tempo de dedicação exclusiva. Fiquei chateado de ouvir de muitos que eles não cumprem a carga horária, não assinam o ponto diário e não se dedicam como devia ao ensino, pesquisa e extensão. Em outras palavras: não vestem a camisa da real educação que buscamos.