DIZEM POR AÍ QUE OS HOMENS MATARAM DEUS.
Os trabalhadores empenhados na produção, através do manuseio de ferramentas, não têm tempo e muito menos condições para discutir se houve ou não a morte de Deus. Afirmam os ateus:
- Quase sempre nos encontramos envolvidos com a prática cotidiana, a de pensarmos que a matéria é a causa de tudo, inclusive com o envolvimento material depois da morte física – tempo em que os decompositores da energia cósmica encarregar-se-ão de dar nova forma à matéria vital -, não restando inteligência para mais nenhuma discussão.
Contra os ateus, insurgem os crentes:
- Nós que somos os ditos crentes no Absoluto afirmamos que somente existem racionalidade e sensibilidade na palavra revelada e não sabemos nos ocupar de outra atividade a não ser desenvolver a ascese religiosa. Viver bem para nós é constantemente praticar a mortificação, a penitência e a renúncia de nós mesmos. Estes tipos de ascese são estratégias significativas que envolvem nossas vidas, não nos restando oportunidades contrárias: pensar e dialogar sobre a morte de Deus. Esta questão nos parece impossível, impraticável, incoerente.
Aqueles que difundem sobre a morte de Deus, estes não têm a percepção sobre a existência do divino, melhor dizendo, que Deus está vivo e que é ele que sustenta todas as coisas existentes. Estes acendem lanternas para poder enxergar as coisas mundanas. Infelizmente não podem raciocinar e nem sensibilizar além das aparências materiais que são vistas através da iluminação desta fraca luz.
Outro dia os alunos de uma turma do curso de Administração de empresas foram surpreendidos pelo professor de Filosofia que deu uma aula sobre a religião e a ciência. O professor ensinou a seus alunos:
- A ciência e a religião não podem ser praticadas se estas não se fundamentarem em um método. Diria o Senhor Francis Bacon que as características do método científico são as seguintes: a observação, a sistematização, a formulação de hipóteses, a experimentação e a transformação destas em leis ou teorias. Para exercer o método, quer para a ciência como para a religião, o sujeito precisa querer ter boa vontade. Os líderes, não importam se são positivos ou negativos. Estes serão sempre líderes, se já ponderaram sobre a formulação de hipótese, tendo em sua vida proposto a formulação de hipóteses.
A aula dialogada permitiu que Rebeca perguntasse:
- Digamos que os grandes líderes como Jesus Cristo, Buda, Dalai Lama, Martin Luther King e tantos outros, de que forma estes demonstram suas experiências?
- Boa pergunta, Rebeca! Completa o professor.
- Para completar meu pensamento e responder sua pergunta, falo de Jesus Cristo que deu ênfase ao levantamento de hipótese ou simplesmente a possibilidade de cumprir sua tarefa, exercer com dignidade a missão a que foi submetido. Ele e outros líderes são exemplos vivos, pois suas experiências estão no exercício de suas vidas. Jesus percebeu que era sua hora de fazer o milagre. Nas bodas de Canaã, ele transformou a água em vinho, salvando de fato aquilo que as pessoas não acreditavam.
Não permitindo que a questão fosse repassada como uma aula de catequese, o diálogo prossegue na aula e é Dalmon que intervém:
- Concordo que a Bíblia apresente os milagres de Jesus, pois ela é um livro para os cristãos, mas discordo piamente que a única verdade seja a verdade religiosa.
- Dalmon, o apressamento das idéias nos leva à imperfeição do raciocínio. A lógica nos diz que se faz necessário filosofar bem e para tanto fazemos uso de premissas. Em nossa discussão existem duas premissas verdadeiras: os que defendem que Deus existe e os que discordam de sua existência. A existência de Deus fica mais fácil para nossa percepção, se entendermos bem se Deus é concreto ou abstrato. Afirmou o professor de filosofia.
- Discordo em gênero, número e caso: não podemos falar da morte de Deus. Ele nunca existiu. O professor, no mínimo está querendo enfeitar seu discurso e provar que Deus existe. Emendou Furtado.
- Volto ao argumento: seu professor de português ensinou na semana passada que Deus é concreto. Tudo o que é concreto existe, logo Deus existe. Acredite você ou não, Furtado, que Deus existe. Não é isto que queremos agora. Vou facilitar um pouco mais nosso diálogo. Vamos trocar o termo Deus pelo termo sagrado. Talvez fique mais fácil.
- Fica mais complexo ainda, professor, pois o sagrado é tudo o que encontramos por aí e, que dá bases significativas às seitas e religiões. Discordou Furtado.
- É isto mesmo. Pense você que Deus é o que há de mais sagrado nas seitas e religiões. Se os adeptos das seitas e religiões reverenciam este sagrado, então é sinal que ele existe para eles. Afirmou o professor.
- Mais uma vez o senhor quer nos confundir e nos induz a dizer que se o sagrado é deixado de lado por muita gente, então isto significa a morte de Deus. Completou Furtado.
- Acertou em cheio, Furtado. Não precisamos mais prosseguir em nossa discussão: a morte de Deus corresponde ao abandono dos homens pelo sagrado, pelos valores de ordem religiosa.
Os trabalhadores empenhados na produção, através do manuseio de ferramentas, não têm tempo e muito menos condições para discutir se houve ou não a morte de Deus. Afirmam os ateus:
- Quase sempre nos encontramos envolvidos com a prática cotidiana, a de pensarmos que a matéria é a causa de tudo, inclusive com o envolvimento material depois da morte física – tempo em que os decompositores da energia cósmica encarregar-se-ão de dar nova forma à matéria vital -, não restando inteligência para mais nenhuma discussão.
Contra os ateus, insurgem os crentes:
- Nós que somos os ditos crentes no Absoluto afirmamos que somente existem racionalidade e sensibilidade na palavra revelada e não sabemos nos ocupar de outra atividade a não ser desenvolver a ascese religiosa. Viver bem para nós é constantemente praticar a mortificação, a penitência e a renúncia de nós mesmos. Estes tipos de ascese são estratégias significativas que envolvem nossas vidas, não nos restando oportunidades contrárias: pensar e dialogar sobre a morte de Deus. Esta questão nos parece impossível, impraticável, incoerente.
Aqueles que difundem sobre a morte de Deus, estes não têm a percepção sobre a existência do divino, melhor dizendo, que Deus está vivo e que é ele que sustenta todas as coisas existentes. Estes acendem lanternas para poder enxergar as coisas mundanas. Infelizmente não podem raciocinar e nem sensibilizar além das aparências materiais que são vistas através da iluminação desta fraca luz.
Outro dia os alunos de uma turma do curso de Administração de empresas foram surpreendidos pelo professor de Filosofia que deu uma aula sobre a religião e a ciência. O professor ensinou a seus alunos:
- A ciência e a religião não podem ser praticadas se estas não se fundamentarem em um método. Diria o Senhor Francis Bacon que as características do método científico são as seguintes: a observação, a sistematização, a formulação de hipóteses, a experimentação e a transformação destas em leis ou teorias. Para exercer o método, quer para a ciência como para a religião, o sujeito precisa querer ter boa vontade. Os líderes, não importam se são positivos ou negativos. Estes serão sempre líderes, se já ponderaram sobre a formulação de hipótese, tendo em sua vida proposto a formulação de hipóteses.
A aula dialogada permitiu que Rebeca perguntasse:
- Digamos que os grandes líderes como Jesus Cristo, Buda, Dalai Lama, Martin Luther King e tantos outros, de que forma estes demonstram suas experiências?
- Boa pergunta, Rebeca! Completa o professor.
- Para completar meu pensamento e responder sua pergunta, falo de Jesus Cristo que deu ênfase ao levantamento de hipótese ou simplesmente a possibilidade de cumprir sua tarefa, exercer com dignidade a missão a que foi submetido. Ele e outros líderes são exemplos vivos, pois suas experiências estão no exercício de suas vidas. Jesus percebeu que era sua hora de fazer o milagre. Nas bodas de Canaã, ele transformou a água em vinho, salvando de fato aquilo que as pessoas não acreditavam.
Não permitindo que a questão fosse repassada como uma aula de catequese, o diálogo prossegue na aula e é Dalmon que intervém:
- Concordo que a Bíblia apresente os milagres de Jesus, pois ela é um livro para os cristãos, mas discordo piamente que a única verdade seja a verdade religiosa.
- Dalmon, o apressamento das idéias nos leva à imperfeição do raciocínio. A lógica nos diz que se faz necessário filosofar bem e para tanto fazemos uso de premissas. Em nossa discussão existem duas premissas verdadeiras: os que defendem que Deus existe e os que discordam de sua existência. A existência de Deus fica mais fácil para nossa percepção, se entendermos bem se Deus é concreto ou abstrato. Afirmou o professor de filosofia.
- Discordo em gênero, número e caso: não podemos falar da morte de Deus. Ele nunca existiu. O professor, no mínimo está querendo enfeitar seu discurso e provar que Deus existe. Emendou Furtado.
- Volto ao argumento: seu professor de português ensinou na semana passada que Deus é concreto. Tudo o que é concreto existe, logo Deus existe. Acredite você ou não, Furtado, que Deus existe. Não é isto que queremos agora. Vou facilitar um pouco mais nosso diálogo. Vamos trocar o termo Deus pelo termo sagrado. Talvez fique mais fácil.
- Fica mais complexo ainda, professor, pois o sagrado é tudo o que encontramos por aí e, que dá bases significativas às seitas e religiões. Discordou Furtado.
- É isto mesmo. Pense você que Deus é o que há de mais sagrado nas seitas e religiões. Se os adeptos das seitas e religiões reverenciam este sagrado, então é sinal que ele existe para eles. Afirmou o professor.
- Mais uma vez o senhor quer nos confundir e nos induz a dizer que se o sagrado é deixado de lado por muita gente, então isto significa a morte de Deus. Completou Furtado.
- Acertou em cheio, Furtado. Não precisamos mais prosseguir em nossa discussão: a morte de Deus corresponde ao abandono dos homens pelo sagrado, pelos valores de ordem religiosa.
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