Louvores a Deus pelo ensinamento: “UMA VEZ REDENTORISTA, SEMPRE REDENTORISTA”
O Retiro Espiritual que foi promovido pela UNESER, entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2009, no Seminário Redentorista da Pedrinha, produziu em mim centenas de imaginações que já se consolidaram como idéias, às quais estou incorporando, conforme medito diariamente. Destacarei neste texto duas imagens muito fortes que transformaram meu ser. A primeira delas foi a celebração da missa do dia 7. Dois padres se aproximaram do altar da capela do seminário: padre Paiva e padre Libardi. Quero destacar com todo respeito e carinho a “imagem feliz” de um padre experiente, simples, humilde, bem humorado e em contato com Deus, sem desmerecer é claro o padre Paiva que teve para nós um valor muito significante. A presença do “Libardi”, que, dirigindo-se ao altar, curva-se, beija-o e ao se afastar, deixa de lado seu calçado (um chinelo). Apresenta-se para Deus e à sua Igreja de pés no chão. Seus pés pisaram o chão do Sagrado. A missa prosseguiu e eu pude perceber que não estávamos em um lugar comum, mas sim em um território sagrado e reservado para os ex-seminaristas redentoristas. O ensinamento “Uma vez redentorista, sempre redentorista” mergulhou em meu ser e fez ressoar em mim o sentido a frase de Santo Afonso (“Consumir os dias em prol dos redimidos”).
Depois da missa, a festa e a outra celebração, algo muito perfeito que participamos na “praça de alimentação” daquele seminário. Para festejar, todos se reuniram, ouviram a bênção do Pe. Libardi e sustentando o copo cheio (refrigerante, cerveja, vinho ou até mesmo a pura essência da cana, a pinga) cantaram em um forte coral: “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. Os braços se movimentam e todos falam em alto e bom som: “Arriba, abaixo, no centro e para dentro”. Goladas e mais goladas testemunharam a alegria de um encontro para matar a saudade (que para mim já durava 35 anos). Quem lê este texto precisa compreender os reais significados. Os braços estendidos dizendo “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. É um gesto de amor, de temor e de reverência a Deus, nosso Pai e Criador. A elevação dos braços no “arriba” ou “acima”, foi feita com grandeza e com os olhares fitos ao céu, procurando encontrar-se com Deus, pois se estamos vivos e saudáveis é porque Ele quer. O “abaixo” significa voltar-se para a terra, a morada dos homens mortais e imperfeitos (o que de fato somos). A caminhada para “o centro” indica que é no interior das assembléias (encontros humanos) que aprendemos a estreitar nossos sentimentos e a compartilhar nossas opiniões. O gesto “para dentro” e acabando em várias goladas indica que aceitamos o que os outros nos oferecem, que somos firmes e humildes em conceber o que a comunidade nos entrega. Não foi só isto, a prosa correu solta e pudemos rememorar, usar a dialética, a ética e a estética, até os confins dos tempos idos da vida de colegial, de filosofia, de noviciado e para alguns até mesmo a teologia. Ali a reminiscência falou alto, de forma que a primeira regra cartesiana do Discurso sobre o Método nos exigiu a meditação: não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos). Senti que ser ex-seminarista redentorista é de fato ser “um filho de Deus” abençoado e novamente convocado para a lida litúrgica na Igreja.
Ninguém tira de mim a idéia que já amadureceu em mim de que o crescimento da UNESER indica o nascimento e crescimento de muitas organizações de outros ex-seminaristas de outras congregações.
Para encerrar, um viva aos dirigentes e orientador da UNESER.
Afonso de Sousa Cavalcanti. Professor de Filosofia e morador em Mandaguari, Paraná.
O Retiro Espiritual que foi promovido pela UNESER, entre os dias 6 e 8 de fevereiro de 2009, no Seminário Redentorista da Pedrinha, produziu em mim centenas de imaginações que já se consolidaram como idéias, às quais estou incorporando, conforme medito diariamente. Destacarei neste texto duas imagens muito fortes que transformaram meu ser. A primeira delas foi a celebração da missa do dia 7. Dois padres se aproximaram do altar da capela do seminário: padre Paiva e padre Libardi. Quero destacar com todo respeito e carinho a “imagem feliz” de um padre experiente, simples, humilde, bem humorado e em contato com Deus, sem desmerecer é claro o padre Paiva que teve para nós um valor muito significante. A presença do “Libardi”, que, dirigindo-se ao altar, curva-se, beija-o e ao se afastar, deixa de lado seu calçado (um chinelo). Apresenta-se para Deus e à sua Igreja de pés no chão. Seus pés pisaram o chão do Sagrado. A missa prosseguiu e eu pude perceber que não estávamos em um lugar comum, mas sim em um território sagrado e reservado para os ex-seminaristas redentoristas. O ensinamento “Uma vez redentorista, sempre redentorista” mergulhou em meu ser e fez ressoar em mim o sentido a frase de Santo Afonso (“Consumir os dias em prol dos redimidos”).
Depois da missa, a festa e a outra celebração, algo muito perfeito que participamos na “praça de alimentação” daquele seminário. Para festejar, todos se reuniram, ouviram a bênção do Pe. Libardi e sustentando o copo cheio (refrigerante, cerveja, vinho ou até mesmo a pura essência da cana, a pinga) cantaram em um forte coral: “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. Os braços se movimentam e todos falam em alto e bom som: “Arriba, abaixo, no centro e para dentro”. Goladas e mais goladas testemunharam a alegria de um encontro para matar a saudade (que para mim já durava 35 anos). Quem lê este texto precisa compreender os reais significados. Os braços estendidos dizendo “De mãos estendidas, agradecemos porque de graça recebemos”. É um gesto de amor, de temor e de reverência a Deus, nosso Pai e Criador. A elevação dos braços no “arriba” ou “acima”, foi feita com grandeza e com os olhares fitos ao céu, procurando encontrar-se com Deus, pois se estamos vivos e saudáveis é porque Ele quer. O “abaixo” significa voltar-se para a terra, a morada dos homens mortais e imperfeitos (o que de fato somos). A caminhada para “o centro” indica que é no interior das assembléias (encontros humanos) que aprendemos a estreitar nossos sentimentos e a compartilhar nossas opiniões. O gesto “para dentro” e acabando em várias goladas indica que aceitamos o que os outros nos oferecem, que somos firmes e humildes em conceber o que a comunidade nos entrega. Não foi só isto, a prosa correu solta e pudemos rememorar, usar a dialética, a ética e a estética, até os confins dos tempos idos da vida de colegial, de filosofia, de noviciado e para alguns até mesmo a teologia. Ali a reminiscência falou alto, de forma que a primeira regra cartesiana do Discurso sobre o Método nos exigiu a meditação: não admitir "nenhuma coisa como verdadeira se não a reconheço evidentemente como tal". Em outras palavras, evitar toda "precipitação" e toda "prevenção" (preconceitos). Senti que ser ex-seminarista redentorista é de fato ser “um filho de Deus” abençoado e novamente convocado para a lida litúrgica na Igreja.
Ninguém tira de mim a idéia que já amadureceu em mim de que o crescimento da UNESER indica o nascimento e crescimento de muitas organizações de outros ex-seminaristas de outras congregações.
Para encerrar, um viva aos dirigentes e orientador da UNESER.
Afonso de Sousa Cavalcanti. Professor de Filosofia e morador em Mandaguari, Paraná.
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